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A Informação Plena

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De antemão sinalizo que este texto não julga erros e acertos, mas analisa o aspecto macro que envolve como a informação nasce e chega a cada um de nós; mostra a dimensão e alcance de fatos, dependendo do tipo de abordagem na sua coleta e divulgação. Em suma, que os impactos midiáticos hoje são maiores, mais amplos e mais importantes que no passado. O recente episódio ocorrido com a reportagem do Fantástico, que colocou a Rede Globo e o renomado Dr. Dráuzio Varela no meio do olho de um furacão, serve para demonstrar o poder da informação – ou da ausência dela, dependendo da perspectiva utilizada – nos dias atuais. Deixando de lado a polarização que tomou conta do país nos últimos anos e que gerou visões dúbias do caso (uns aplaudiram o ocorrido e nenhum problema viram, outros perceberam má fé e manipulação emocional na matéria mediante omissão de fatos), gostaria de ressaltar aqui como a informação tem sido tratada nos dias atuais, seja por quem a gera, seja por quem a consome.

Assistindo a Tecnologia Passar

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Pode parecer tolice comentar isso hoje em dia, mas é impressionante o avanço da tecnologia e as mudanças derivadas dela que impactam continuamente em nossas vidas. A geração atual já nasce dentro desse ambiente, devidamente acostumada com um ritmo de evolução ligeiro, sem a mínima noção de que há 30/35 anos atrás as coisas eram muito diferentes. Hoje em dia, mal dá tempo de se acostumar com alguma coisa: logo algo mais avançado surge e te deixa com a impressão que o espaço de tempo entre a novidade e o obsoleto é cada vez menor. Toco nesse assunto pelo simples fato de que, ao assistir um filme neste fim de semana, me veio à tona uma série de memórias do passado e de como as coisas eram muito diferentes. Não me refiro à tecnologia empregada em Hollywood atualmente - isso é notório - me refiro à forma e consequente facilidade de assistir a qualquer coisa hoje passível de ser projetada em uma tela. O que me levou a pensar foi tão somente o fato de que estava assistindo o filme na sal

O Brasil e o Patriotismo Seletivo

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Passada a Copa do Mundo, cujo resultado já é conhecido por todos, me permito alguns comentários, mas não sobre futebol somente: este não me seduz, mas sua ligação com o patriotismo dos brasileiros me proporcionou algumas reflexões. Não estar incluso no frenesi causado pela Copa possibilitou uma análise deste cenário inédito em que o Brasil se encontra, desencantado com a política, ainda mais num ano com uma eleição extremamente importante e decisiva para os rumos do país, mas que também, num primeiro momento, não estava nem aí para a seleção brasileira.    Tenho a plena convicção pessoal de que o brasileiro não é patriota, pelo menos não no sentido pleno da palavra (“Pessoa que ama sua pátria, que se esforça para lhe ser útil, agindo em seu favor ou na sua defesa”). Para entender melhor essa afirmativa, tomemos por base um exemplo prático: os americanos, que do berço a idade adulta, são educados e preparados para se dedicar ao país independentemente do seu papel dentro da

Grandes Pensadores Brasileiros

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Triste Verdade

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E se os Meninos Ficassem Presos Numa Caverna no... Brasil!

Doze meninos e seu treinador ficam presos em uma caverna no Brasil. Comoção geral. O Congresso vota um repasse emergencial de R$14bi para o resgate. Para executar isso, instituem a ANACAV (Agência Nacional de Cavernas). Governadores criam as Secretarias Estaduais de Cavernas (CAVERJ, CAVESP, CAVEMG, etc). Com o repasse, iniciam uma contratação emergencial para cavar o túnel e derrubar a montanha. A oposição denuncia irregularidades e cria a CPI das Cavernas. A PF inicia a operação Neanderthal. O TRF manda prender a caverna, e Gilmar Mendes a solta. Uma ex-BBB tira selfie nua na frente da caverna, viraliza na web, se torna a MC Cavernosa e lança o hit do Carnaval "Entra Mas Não Sai". No Encontro da Fátima Bernardes, denuncia a cavernofobia. McDonalds pede desculpas por ter lançado o McFlintstone. O Sindicav entra em greve geral, pois o repasse não chega e estão sem receber. Junta-se a eles a CUT-CAV e o MSCAV (Movimento dos Sem Caverna). O Governo negocia e tira impost

Memórias do Cárcere (ou, Carnaval no Rio de Janeiro)

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Antes de qualquer coisa, afirmo que respeito quem curte Carnaval. Mas sequer botei o pé na rua. Apesar do que escreverei nas linhas a seguir, não sou radical contrário aos dias de folia, reservando-me até o direito de, onde quer que esteja, ver os desfiles, que sempre achei duma criatividade ímpar. Entretanto, sempre fiz questão de me afastar o máximo possível do barulho e da confusão gerada por estes dias, que este ano atingiu níveis alarmantes. Paralelo a isso, surpreendeu-me a capacidade que o povo brasileiro tem de se alienar do que quer que esteja acontecendo no país, não abrindo mão dos dias de folia. Infelizmente, esse desligamento da realidade também atingiu os mesmos níveis alarmantes. Passados os dias de folia que se iniciaram em Janeiro e terminaram no fim de semana seguinte ao Carnaval, ficou um saldo trágico: - A violência subiu assustadoramente, mesmo numa cidade onde já reinava absoluta por conta da falência do estado e da sua incapacidade de reerguer as forças