Anos 80: Eu Tava Lá!



Não é difícil perceber que tenho uma grande ligação com a década de 80, não é? Os vídeos, os discos e tudo mais que cito nesse blog acaba, de certa forma, tendo um pé naquela época. Não que eu seja uma pessoa presa ao passado, mesmo porque é uma época que já se foi e não volta mais: para mim, de nada adianta bandas voltarem e tocarem as mesmas músicas, porque o contexto é outro. Não existe mais aquela magia, aquele ambiente, aquele sentimento de descoberta das coisas (que explodiriam nos anos 90 e que, em alguns casos, nos acompanham até hoje) e tudo mais que compos aquele cenário. O mesmo se aplica a todo o resto: as pessoas não são mais as mesmas (envelhecemos...) e o mundo mudou muito desde então. Deste modo, sou contra tentar recriar aquele ambiente, mas não quanto a curtir o que foi feito por lá (pelo contrário!). Discos, revistas, livros, vídeos, tudo está aí a disposição para quem viveu (ou não) aqueles tempos e quiser (re)ver, (re)ler ou ouvir de novo.

O motivo de buscar o que foi feito lá? Duas razões:

1ª) Tudo lá foi resultado da década de 70, onde começaram a se formar valores, talentos, idéias, culturas, bandas, músicos, filmes e mais uma porrada de coisa que vingaria de fato nos anos 80. Como também pode se encontrar muito coisa boa nos 70´s, a fundação não podia ter sido melhor.

2ª) A espontaniedade daquela época foi mágica, em todos os sentidos. Hoje tenho 35 anos (sou de 72, tendo minha adolescência cravada nos 80´s) e tudo que vi na TV, ouvi no rádio, assiti no vídeo cassete (putz...) ou cinema foi marcante e de certo serviu de base coisas que temos até hoje. Até os brinquedos daquela época eram legais! Como pode?

É claro que cada um defende sua época e a música é diferencial clássico. Meu pai sempre me disse que sua adolescência foi melhor, as músicas eram melhores, enfim, tudo mais. Ouvi muito ele falar: "A música de hoje é barulho puro". Concordo que minha música é mais barulhenta que a dele (Bee Gees, The Platters a The Mamas and the Papas, Julio Iglesias), afinal, quer barulho melhor do que Iron Maiden? Voltando ao raciocínio, até o barulho dos anos 80 eu acho melhor do que o de hoje (e olha que alguns se superam hoje em dia em termos de brutalidade sonora). Outro exemplo? Rock Nacional! Outrora tinhamos Engenheiros do Hawaii, Barão, Ultraje, Ira! e Titãs e hoje temos de aturar Detonautas (argh), Nxzero (aarrgghh) e CPM22 (aaarrrggghhh)... A excessão da galera das antigas que ainda está na ativa, poucos salvam o rock nacional...

Até os filmes de hoje nos modernos Cinemark e UCI são os de ontem no Madureira 1 e 2 (putz, agora fui longe!!!!)

É meio esquisito falar sobre isso sem parecer arrogante, afinal de contas, muita gente curte o que não curto, e vice versa: isso se chama democracia. Mas eu queria deixar a dica que se pode encontrar muita coisa legal no fundo do baú. Nesse ponto, o You Tube é um grande parceiro: já encontrei coisas por lá que eu não ouvia faz anos e anos. Na verdade, o bom mesmo é vc curtir o que vc gosta, mesma que seja KLB... Vai fundo!

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