Cloverfield - Mais Legal do se Imagina!


Mal 2008 começou e já tenho, na minha opinião, o filme do ano: Cloverfield - Monstro ("Cloverfield", no original - não sei que mania é essa que têm por aqui de inventarem sub-títulos). Posso até estar me precipitando, pois ainda temos "Batman Dark Knight", "Iron Man", "Saw V" e outros mais que podem surpreender. Entretanto, duvido que alguém consiga superar a inovação do filme do consagrado JJ Abrams ("Alias", "Lost" e "Missão Impossível 3").

Antes de mais nada, um protesto: antes de ir ao cinema, as pessoas deveriam saber o que vão assistir. Fazendo isso, elas se livram de imprevistos. Quer um exemplo? Eu já sei que não devo despencar do conforto do meu lar para ver "Speed Racer", que ficou simplesmente ridículo, parecendo um video game. Para comprovar, basta assitir aos milhões de trailers disponíveis na rede. E isso se aplica a Cloverfield: não se trata de um filme convencional, uma vez que assistimos ao filme pela ótica de uma fita amadora encontrada pelo governo - daí as comparações com "A Bruxa de Blair", com o qual ele nada tem a ver, e onde as pessoas também caíram no erro de achar que se tratava de um Blockbuster de Terror, e não era. A fita estava sendo gravada para documentar a festa de despedida de um camarada que mora em Nova York e vai morar no Japão. Então, seus amigos armam uma festa surpresa e alguém fica encarregado de pegar depoimentos na festa e perpetuar o momento com a filmadora. Daí, é isso o que vemos basicamente, uma produção mal filmada (a imagem treme muito e desfoca quase o tempo todo, o que pode enjoar alguns), que não teria a menor importância se não tivesse registrado uma catástrofe de proporções apocalípticas e inimaginável. Aliás, é impossível não assistir as sequências iniciais de destruição e não se lembrar dos ataques de 11 de Setembro. Simplesmente arrepiante.

Por conta da sua perspectiva diferenciada, focada apenas no que a câmera conseguiu registrar, o filme tem curta duração, cerca de 80 minutos, o que seria o tempo normal de uma fita de vídeo. Apesar do ritmo acelerado das filmagens, a qualidade de imagem é espetacular, e nos momentos mais "parados", pode-se perceber os detalhes dos efeitos especiais (maravilhosos, vide a sequência da decapitação da Estátua da Liberdade) e do monstro em si, que vai aparcendo gradualmente no filme. Por conta desses detalhes, é realmente um erro colocá-lo ao lado da "Bruxa de Blair", que foi vendido como um "documentário perdido", com produção e efeitos praticamente nulos (mas que achei espetacular). Mesmo assim, muitas pessoas se decepcionaram ao assistir este filme e não encontrarem uma produção padrão de Hollywood, com monstros, sangue e terror explícito.

Já li em alguns sites que há negociações para um "Cloverfield 2" (novidade...). Na minha opinião, dependendo do que for feito, será muito válido, uma vez que ainda há estória para isso. Não se sabe de onde veio o monstro e nem o que houve depois (além de alguns ganchos que o filme deixa, mas eu não vou falar...), e isso poderia ser bem explorado numa continuação. O importante é que este primeiro vale a pena, porque é diferente das produções atuais, as vezes muito repetitivas. Dito isso, até agora é o filme do ano!!!

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