Aprendiz 5 - O Sócio (Episódio 3)


O episódio de ontem do Aprendiz foi, no mínimo, curioso, para não dizer atípico. Em vez de provas envolvimento capacidades gerenciais, tivemos uma tarefa no melhor estilo “Treinamento Tropa de Elite”, com os aprendizes sob a tutela de membros do Exército por dois dias no meio do mato. Não é nem preciso dizer que eles comeram o pão que o Diabo amassou, com todos literalmente arrasados ao final. Mais especificamente, as equipes tiveram provas envolvendo táticas de selva intercaladas com testes de raciocínio lógico, tudo permeado pelo terror psicológico imposto pelos militares. Com isso, o que já era difícil pelo desgaste físico, ficava ainda pior.

Muito se engana quem, a primeira vista, entende que não existe relação nenhuma entre isso e o foco do programa, que é selecionar um executivo, antes de tudo. Na realidade, tem tudo haver. As provas físicas, ao exaurirem os competidores, os deixavam mais factíveis ao erro na hora das provas lógicas, e aí se apurava quem tinha capacidade de separar o corpo da mente nos momentos cruciais. A pressão dos militares simulava o ambiente de tensão e cobrança das corporações, testando a capacidade de concentração, raciocínio de cada um e, no caso dos líderes, de não perderem o comando, união e direcionamento de suas equipes, mediante até mesmo a desmoralização e sugestões de abandono que eram dadas a todo instante. Digo sem medo que a prova simplesmente foi espetacular, e falo com convicção porque já vivi em ambientes extremamente tensos e desgastantes de escritório, e não é preciso que haja mato, lama, frio e um militar gritando no seu ouvido para que você se sinta numa guerra. Ambientes corporativos podem ser tão desgastantes - físico e mentalmente - quanto o cenário da prova em questão, guardadas as devidas proporções, é claro.

Entretanto, o inusitado não parou por aí: desta vez, Roberto Justus premiou a equipe vencedora e a perdedora também, face o desgaste e esforço exigidos, além do bom desempenho de todos. Depois disso, já durante a sala com a equipe perdedora, liberou todas as mulheres da equipe, ficando apenas com os homens, uma vez que o desempenho delas foi muito superior em termos de empenho, união, equilíbrio e motivação para a realização das provas. Feito isso, a sala ocorreu normalmente e sem a tensão das duas primeiras, com certeza pelo maior equilíbrio das equipes e pelo perfil diferenciado da prova. No fim, mais uma surpresa: ninguém foi demitido, dadas as circustâncias que acabei de citar, mas para a próxima prova a equipe perdedora ficará com um componente a menos como penalização.

Concluída a 3ª prova, ainda não é possível indicar os concorrentes mais fortes. Como um todo, acho que os 16 participantes desta edição são os menos “carismáticos”, se colocados frente aos anteriores. Alguns realmente são fracos e não devem durar muito, mais ainda é cedo para afirmar com certeza quem sai e quem fica para a final. Apesar do “refresco” dado ontem, Roberto está mais rigoroso e as próximas provas devem ser mais tensas a medida que os estilos de atuação de cada um forem sendo revelados e analisados mais efetivamente. Como aposta pessoal minha, uma candidata efetivou ontem a força que já havia mostrado (timidamente) nas duas provas anteriores: Sandra Sakuma. Mesmo na equipe perdedora (mas que havia ganho as duas primeiras tarefas), Sandra tomou as rédeas quando o líder se perdeu na condução da equipe. Séria e firme ao falar, é a única em que dá para se apostar assim mais de cara, pois no resto não dá. Vamos aguardar a próxima etapa e conferir.

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