quarta-feira, 21 de maio de 2008

Aprendiz 5 - O Sócio (Episódio 5)


Se Roberto Justus espera realmente fazer a 6ª edição do Aprendiz com celebridades, tal qual foi a versão americana recentemente, irá acertar na mosca. Com a exibição do 5º episódio do Aprendiz 5 na noite de ontem, está ficando claro que o programa precisa de uma mudança drástica, senão corre o risco de ficar igual a um Big Brother da vida. Não levar em consideração que os concorrentes desta edição assistiram a pelo menos uma das edições passadas e já conhecem as “manhas” é subestimar a capacidade que eles terão de (tentar) manipular o Roberto Justus em determinadas situações. Ontem tivemos uma das salas mais estranhas de todas as edições, pois se saiu da análise de desempenho para a pura e simples equação “bola da vez x panelinha”. Para se ter uma idéia, a coisa chegou ao ponto da líder da equipe vencedora (por coincidência, a minha aposta Sandra Sakuma) se unir com a líder da equipe perdedora (!) para acusar o membro da equipe em evidência de machismo (!!). Felizmente, Roberto tomou uma decisão acertada e minimizou a bizarrice do episódio.

Em termos de prova, tivemos o famoso quiz, jogo de perguntas respostas. Sua relevância, além de obviamente de exibir o nível de conhecimento gerais dos candidatos, é a de apurar o quanto cada um está disposto a se arriscar e se expor, mesmo que isso represente uma ou várias respostas erradas. É o famoso “trazer a responsabilidade para si”, custe o que custar. Quem opta por se esconder – e consequentemente não errar ou errar menos - fatalmente se dá mal. Entretanto, não concordo com uma coisa nesta prova: ela não deveria ter líder. Na minha visão, naturalmente haverá alguém tomando a liderança, mas é o tipo de situação em que a equipe deve agir junta e resolver junta o que fazer e o que responder. Ter um líder oficializado resulta naquilo que ocorreu ontem, onde um membro (Henrique) foi escolhido para ser fuzilado por ter errado todas as questões que lhe foram passadas. Deixando de lado o fato de que pessoas tão capacitadas (como eu já citei aqui) não saberem sequer o nome do Governador do RJ (ok para o fato do programa ser paulista, mas Cabral aparece a todo instante ao lado do Lula, do qual é um dos grandes aliados, a nível nacional), o fato é que o cara aceitou se expor e ir lá responder. E aí temos a situação complicadora: ao ser questionado pela líder se teria condições de responder, sinalizou que não se sentia seguro. Todos os componentes da equipe ouviram, inclusive nós telespectadores em casa. Quando da chegada da sala, o cidadão foi crucificado por ter respondido errado e não ter sinalizado que não sabia, sendo chamado de mentiroso, inclusive. Nessa hora, com ânimos exaltados, formou-se o cartel feminino para detona-lo de vez. Como Justus conseguiu apurar a tempo que ele não havia mentido e alertara a equipe de não teria condições de responder, as mulheres tiveram de enfiar a viola no saco. Felizmente, Henrique saiu-se bem ao responder os questionamentos do Roberto Justus (apesar de um pouco teatral – olha a experiência aí...), foi humilde nas horas certas, teve sua versão confirmada e ainda por cima conseguiu responder muito bem as acusações de machismo. Justus observou isso e demitiu Rodrigo, que realmente foi fraco até agora, sem brilho algum.

Continuo com minha reclamação de que os aprendizes desta edição são os mais sem brilho até agora, embora ontem Henrique tenha se revelado um rival a altura para Sandra na final. A prova dos cocos já havia mostrado isso quando ele liderou muito bem e ontem ele mostrou valor ao resistir ao fogo cruzado de sua equipe e de Roberto ao mesmo tempo. Com relação as provas, tenho expectativa de que daqui para frente a coisa melhore, com atividades mais práticas e focadas no âmbito empresarial. Torço apenas para que Justus não perca o controle e permita que um programa tão sério se transforme numa gincana de homens versus mulheres, como foi ontem.

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