quinta-feira, 3 de novembro de 2011

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Os Desafios Perdidos de Dilma


Devo confessar que o governo Dilma me surpreendeu, caminhando numa direção da qual eu não esperava. Obviamente que minha surpresa não vem de um governo espetacular, mas, sinceramente, a coisa não está trágica como achei que seria, vinda de uma indicação direta de Lula. Para quem não sabe, sempre achei Lula um dos maiores equívocos políticos já ocorridos neste país, numa gestão que misturou sorte, populismo exagerado, muita vista grossa, cara de pau e altos índices de corrupção e impunidade. Mais do que tudo, foi um governo triste do ponto de vista de quem via um grande parte da população cega por uma figura que não possuia nenhuma ética, apenas a vontade de ser adorado pelas massas, não se importando com leis ou qualquer senso de justiça e honestidade. Mas que uma coisa fique clara: Dilma não conseguirá muita coisa e, na minha visão, a coisa vai começar a complicar muito breve. Não se trata de pessimismo puro e simples, mas de uma leitura dos fatos do presente que dão uma idéia clara do futuro.

Voltando a Dilma, seu desligamento de Lula me surpreendeu sendo maior do que esperava - ainda que ele exista e o ex-presidente continue intervindo, e nem tanto na surdina como seria de se supor. Entretanto, esse desprendimento não é grande e 8 meses depois, com 4 ministros substituídos por corrupção (3) e por insubordinação (1), iniciou-se um processo que se tornou uma faca de dois gumes para Dilma: enquanto a população e mídia enxergam uma"faxina ética", seus aliados visualizam uma gestora de difícil relação, que não vem se importando em desmantelar em "estruturas" já consolidadas dentro do governo e que envolvem muita gente. Pior: ao mexer nestes pequenos "impérios partidários", ela começa a transmitir à  opinião pública a sensação de que o governo Lula foi conivente com a corrupção, uma vez que todos os ministros desligados (e seus asseclas) também faziam parte do governo e da base aliada anterior.

Para quem não entendeu, basta visualizar o seguinte: Dilma recebeu os votos de Lula e o apoio maciço da grande base aliada, incluindo nomes da oposição (que não viam como ir contra Lula e a sua popularidade). Com isso, tivemos uma curiosa grande disparidade entre aliados e oposição - tornando esta última ineficiente, praticamente nula, principalmente no segundo mandato. Quando Lula saiu e Dilma entrou, todo mundo resolveu apoia-la, pois todos tinham a clara idéia de continuidade de governo em TODOS os sentidos. Se Lula, mesmo no meio dos maiores escândalos pensava um milhão de vezes antes de afastar alguém, porque Dilma não o faria? O problema é que, mesmo com o cordão umbilical de Dilma e Lula ainda existente, os estilos são diferentes... Dilma agiu rápido (ou pelo menos muito mais rápido que Lula) e, mesmo contra a maré, mandou passear os Ministros e Assessores envolvidos em histórias mal contadas, mexendo em grandes vespeiros de interesses.

E é aí que perco a fé que já não tinha: como é que um(a) Presidente vai governar neste paradoxo? Ela precisa do apoio desses mesmos políticos corruptos, e daí  não pode afastá-los. Se os afasta, perde apoio; se não o faz, cai no desgosto da parcela mais informada e consciente da população. Mas aí você, caro leitor, pode até perguntar: a parcela da população que votou e elegeu Dilma não é justamente a da menos informada, a maioria da população? Com isso ela não teria de se preocupar com esta minoria da elite, certo? O único problema é que pesquisas revelam que o nível de esclarecimento dentro da classe C tem aumentado, o que consequentemente eleva o número de pessoas com maior percepção do que é feito ou não pelos políticos. Para quem não percebeu, esse fenômeno é decorrente de um tiro no pé do próprio Lula: com o crescimento do crédito e maior poder de consumo (seu grande trunfo de governo), esta ascendente classe C teve acesso a mais informação (computador, Internet, livro, lazer e cultura e etc.) e hoje começa a ter um perfil diferenciado se comparado com alguns anos atrás.

Neste quadro, fica difícil ter fé de que algo vá melhorar, pois se Dilma não tirar o pé do freio, corre o risco de ter seu governo muito dificultado por uma base aliada que se transformará numa oposição feroz, incluindo aí o próprio PT(que também têm se sentido excluído). Isso só reforça o sistema político ultrapassado e ineficiente que temos, que favorece apenas a corrupção e sua perpetuação, sem rimar, para fechar o texto, com punição...

    

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Stars Wars - Lançamento em Blu-Ray

Simplesmente uma covardia com o coração de quem é apaixonado pela saga: os seis filmes em Blu-Ray High Definition e mais 3 discos com 40 horas de extras!!! Chega agora em Setembro, em boxes separados (a saga original e a nova saga) ou em um box apenas com a saga completa. Imperdível!!!!!!!!!



quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Vídeo: "Like A G6" Far East Movement - ft. The Cataracs, DEV


De tempos em tempos aparecem umas músicas, surgidas do nada, que colam na sua mente de uma tal maneira que não dá para explicar. "Like a G6" é uma delas, com uma batida muito bacana, refrão contagiante, como eu não via/ouvia faz um bom tempo. Quanto ao grupo (um quarteto de música eletrônica de Los Angeles), só agora conseguiu estourar no mundo todo com esta faixa. Agora peço licença para ouvir esta música mais uma vez (já foram umas 20 hoje), pois vale a pena!

Classic Movies: "A NEGOCIAÇÃO" ("The Negotiator")



NOTA DO HEADBLOGER: 
Esta resenha estava no rodapé do Blog na "Classic Area", que ficava como uma seção fixa, atualizada de tempos em tempos (ok, de muito em muito tempo, quando eu o tinha para faze-lo!). Acontece que, ao atualizá-la, eu perdia este material no histórico do blog. Deste modo, resolvi acabar com a "Classic Area" e colocar estas resenhas do que me agrada como posts normais, classificados como "Classic Movies", "Classic Albuns" e por aí vai. Me perdoem a fixação pelos títulos em Inglês, mas é que eles ficam muito mais legais assim... Bom, ai vai o primeiro "Classic..." para vocês.

Alguns filmes pegam a gente de jeito, de modo que você o assiste um monte de vezes e não cansa. É claro que estou falando de cinéfilos iguais a mim, que vêem dez vezes o mesmo filme sem enjoar, aproveitando cada exibição para apreciar este ou aquele detalhe interesse na trama do filme, rever aquela cena espetacular ou até mesmo um ou outro diálogo que acaba se tornando clássico. E com certeza faço isso tudo neste “A Negociação” (“The Negotiator”, 1998), onde Samuel L. Jackson brilha e mostra porque é um dos grandes nomes de Hollywood, mesmo antes deste grande filme.

Antes de tudo, o enredo: Em Chicago, Danny Roman (Samuel L. Jackson) é um policial especialista em lidar com seqüestradores e reféns em risco eminente de vida. Mas a situação se inverte quando seu parceiro é assassinado e ele se torna o principal suspeito. Pouco antes de sua morte, ele revela a Danny que os quase dois milhões de dólares do fundo de pensão que tinham sido desviados eram o resultado de uma armação de gente do seu próprio departamento. Tentando provar sua inocência ele, em uma atitude desesperada, invade a direção dos Assuntos Internos e faz cinco reféns, se tornando um seqüestrador. Para a negociação, ele acaba exigindo Chris Sabian (Kevin Spacey), um negociador de outro distrito, desconhecido no local - se ele não pode confiar nos amigos, um estranho era a pessoa ideal. Apesar de conhecer todas as técnicas de invasão em casos de seqüestro e saber se defender delas, Danny tem pouco tempo, pois precisa descobrir a verdade rapidamente, já que do lado de fora os envolvidos no esquema de corrupção estão prontos para invadir o local, não para salvar os reféns e sim para matá-lo.

É com essa estória sensacional, onde um negociador de reféns vira um seqüestrador, que Samuel L Jackson encontra espaço para brilhar. O bom disso tudo é que o filme não demora para esquentar, pois logo no início, pouco depois de um resgate bem sucedido, o personagem de Samuel cai em desgraça e é acusado pela morte do parceiro. Com um beijo de despedida na esposa no Hall do prédio onde a ação se desenrola, Danny Roman inicia sua caçada para descobrir quem o incriminou. Nesse ponto, Samuel é apoiado por um elenco sensacional , tendo J.T. Walsh (1943-1998) na pele do Inspetor Terence Niebaum, uma das esperanças de Danny em descobrir a verdade. Infelizmente, Walsh faleceu antes do filme ser lançado. Do lado de fora do prédio, David Morse faz o papel do Comandante Adam Beck, disposto a tudo para pegar Danny. Muito inteligentemente, quem esta assistindo passa quase o filme todo sem saber se Beck está envolvido ou não, tamanha sua gana em pegar Roman.

Obviamente que, em termos de elenco, Kevin Spacey rivaliza a altura com Samuel L Jackson, fazendo um espetacular contra ponto. Como ambos não tem ligação nenhuma no filme, o personagem de Spacey tem realmente de negociar com Roman como se ele fosse um bandido, o que torna o filme sensacional. Nesse meio tempo, Roman abre mão de alguns recursos muito inteligentes, principalmente quando se vê acuado pela policia. Vale destacar que um dos momentos mais sensacionais do filme é quando Beck tenta uma invasão que não é bem sucedida por conta da esperteza de Roman. Quando tudo acaba, Roman pega o rádio e berra com uma vontade impressionante: “It didn´t work Beck, I´m still alive motherfucker!”. Não precisa nem traduzir...

As cenas de ação são muito boas e não são gratuitas, uma vez que são guiadas pelo rumo inteligente da estória. Mas nem de ação vive este filme, pois algumas doses de humor também aparecem, principalmente quando a polícia coloca um negociador inexperiente para falar com Roman enquanto Sabian não chega. Outro que rende bons momentos é Paul Giamatti, que vive o refém Rudy e que já era conhecido de Roman, que já o havia prendido anteriormente. Entretanto, mesmo com alguns momentos de humor, a tensão só aumenta a medida que o filme passa, uma vez que nem Roman e nem o espectador consegue descobrir em quem se pode confiar ou não. A única coisa que fica clara é que Sabian é sua única esperança, até o final surpreendente.

Facilmente encontrado em locadoras e mega stores, “A Negociação” é um prato cheio para quem gosta de ação e suspense combinados em um enredo bem construído e conduzido por um excelente elenco. Imperdível!


Informações Técnicas
Título no Brasil: A Negociação
Título Original: The Negotiator
País de Origem: Alemanha / EUA
Gênero: Policial
Tempo de Duração: 140 minutos
Ano de Lançamento: 1998
Estúdio/Distrib.: Warner Home Video
Direção: F. Gary Gray
Elenco
Samuel L. Jackson ... Danny Roman
Kevin Spacey ... Chris Sabian
David Morse ... Adam Beck
Ron Rifkin ... Grant Frost
John Spencer ... Chief Al Travis
J.T. Walsh ... Terence Niebaum
Siobhan Fallon ... Maggie
Paul Giamatti ... Rudy
Regina Taylor ... Karen Roman
Bruce Beatty ... Markus
Michael Cudlitz ... Palermo
Carlos Gómez ... Eagle
Tim Kelleher ... Argento
Dean Norris ... Scott
Nestor Serrano ... Hellman
Doug Spinuzza ... Tonray
Leonard L. Thomas ... Allen
Stephen Lee ... Farley

TRAILER

sábado, 7 de maio de 2011

Vídeo da Semana - Cee Lo Green "Fuck You"


Ok, ok, o nome é feio e ofensivo, mas a música é legal pacas. Vi isso sem querer outro dia no VH1 e me amarrei de montão, pois é impossível negar que o ritmo é um barato e quando você percebe, já está cantando "Fuck You, fuck you..."


Osama Recordista

Já foi tarde, mas devemos dar o devido mérito!

sábado, 22 de janeiro de 2011

Vídeo da Semana: Siouxsie and the Banshees "Cities in Dust"

Som direto dos anos 80, época em que o Pop era Pop, bem diferente das inúmeras vertentes existentes hoje, muitas delas sem um terço do brilho do passado."Cities in Dust" se tornou um clássico e não sofreu com o tempo, ainda hoje sendo um grande som. Lançada no album "Tinderbox" de 1986, a banda (Britânica) se tornou uma referência no estilo que viria  ser o gótico de hoje. Pena que  garotada de hoje esteja em outra. Azar o deles!

Rio de Janeiro, Chuvas e o Mesmo de Sempre


Mais uma vez, tragédias relacionadas à chuva no mês de Janeiro acontecem no Rio. Algo previsível, que todo sabe que vai acontecer e que, quando ocorre, deixa todo mundo pasmo. Mas qual a razão disso, uma vez que se trata de tragédia anunciada? Qual a razão do espanto? Simplesmente porque o resultado é o que está acontecendo agora, depois que tudo foi destruído, entre vidas e bens materiais: o governo se mobiliza com grande alarde, deixando transparecer que, apesar de nunca ter feito nada para mudar esta situação, vai fazer o possível e o impossível para ajudar quem foi afetado, ao passo que a população se une numa corrente para arrecadar donativos e ajudar desabrigados e necessitados. Entretanto, essa não me parece ser a história correta.


É óbvio que nossos governantes cagam para este tipo de problema, pois é mais visível aos olhos do eleitor reformar ou construir uma praça, por exemplo, do que fazer qualquer trabalho de contenção de encostas. Não existe uma política voltada para este tipo de infra estrutura. Ou melhor dizendo, não existe no Brasil uma política de infra estrutura seja em qualquer segmento. Voltando ao problema das chuvas, nada é feito após o Verão para se resolver este problema crônico. O melhor exemplo – ou pior, dependendo do ponto de vista – seria a tragédia de 2010 na Ilha Grande. O governador Sérgio Cabral fez lá a mesma coisa que fez agora na região Serrana do Rio: mostrou a cara de indignação, foi solidário, anunciou um monte de providências e o resultado foi nulo. O local da tragédia continua na mesma, o dinheiro para a reconstrução não chegou lá e todas aquelas palavras se perderam no vento do descaso de nossos governantes.


Por mais sórdido que possa parecer, outro dia pensei no seguinte: quantos eleitores do Cabral morreram ou foram afetados por esta tragédia? Quero deixar claro que não acho que a tragédia seja culpa dele, mas é ele quem está no poder agora e no seu primeiro mandato não fez nada para mudar esta realidade. Ele simplesmente deu andamento ao descaso tradicional de todas as esferas governamentais sobre este problema. O que mais me incomoda é que ele é o típico Brasileiro: só toma alguma providência depois que a merda está feita. Taí o episódio dos traficantes no Rio de Janeiro, que tomou conta dos noticiários no fim do ano (e já sumiu deles, diga-se de passagem) que não me deixa mentir. Com o brilhantismo dele em tirar bandido de morro sem prender ninguém, o que nos deixou a beira do caos e da desordem, toda aquela mobilização militar só aconteceu porque coisa ficou sem controle. Isso já deveria ter sido feito anos e anos atrás, antes de chegar ao limite que chegou. Pior: será que já está resolvido?


O mesmo se aplica o caso das chuvas, pois a mobilização do governo é grande. Até a presidente Dilma (Meu Deus, ainda é difícil dizer isso, do mesmo jeito que era difícil dizer presidente Lula) veio ver o problema in loco e aí o discurso demagogo passa a ter esfera federal. Recursos e mais recursos, liberação de FGTS, auxilio aluguel, bolsa família e etc., ou seja, um caminhão de dinheiro que vai se perder de novo no turbilhão de corrupção que assola esse país. Mais aí é que eu pergunto: por que é que o povo nunca lembra disso na hora de votar? Por que não pensam que na hora do voto, ele tem de ser dado a alguém que vá fazer algo? Alguém pensou nisso na hora de votar na Dilma, por exemplo? No Cabral? Ou em tantos outros que já passaram na político do estado e do Brasil? Tudo bem que não temos opção de candidatos e nossa constituição é merda, um baita colcha de retalhos com brechas jurídicas para ferrar o povo e ajudar aos poderosos, mas por que o povo não se esforça para mudar isso? Por que não pressionar para que algo seja feito, acabando com a passividade pela qual o Brasileiro é conhecido mundialmente? Verdade seja dita: brasileiro é um povo que não luta por porra nenhuma. Ou melhor, luta sim por duas coisas: para pular Carnaval e ver Futebol...

Estamos no fim de Janeiro e garanto que em Março, em pleno Carnaval, não ouviremos mais nada sobre mais esta tragédia. Me pergunto o que farão aquelas pessoas sem casa, sem roupas, sem familiares e pior, sem nenhuma garantia de que o governo se lembrará delas. Nem esse e nem o próximo.

Palavrão 2

Continuando a saga desbocada, o futebol é realmente uma usina de emoções. Tal qual o torcedor do América no primeiro post, este aqui, no jogo Petrolina e Sport também não fez feio, deixando fluir todo o seu sentimento perante seu time: haja coração!