quarta-feira, 29 de outubro de 2008

"Anjos e Demônios", o Filme

Finalmente! Em 15 de Maio do ano que vem estréia no Brasil o filme “Anjos e Demônios”, seqüência de “O Código Da Vinci”. Na realidade, não há uma continuidade do filme anterior, pois se trata de uma nova aventura do Dr Robert Langdon (Tom Hanks). Dado o sucesso do Código, Hollywood virou suas baterias para a outra aventura do autor Dan Brown com o mesmo Herói do primeiro filme. O curioso é que, cronologicamente, “Anjos e Demônios” foi lançado primeiro do que “O Código Da Vinci”. Mas nada disso importará se o filme for tão fiel ao livro quanto o primeiro foi. Falo isso porque já li “AeD” duas vezes e o considero o melhor de Dan Brown. Isso sem falar em Tom Hanks, um dos melhores atores de Hollywood na atualidade. Aí embaixo você vê as primeiras fotos de divulgação do filme!




segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Luto Eleitoral

Como estou em pleno luto eleitoral, devido a "brilhante" opção de pouco mais da metade da população carioca, não tenho nem o que dizer. Entretanto, reproduzo aqui texto postado ontem e repetido hoje pelo Ricardo Noblat em seu blog (http://oglobo.globo.com/pais/noblat) sobre o assunto. Abordagem perfeita, mostra o quanto o carioca se equivocou. Uma pena.

Recordar é viver
Rio - Gabeira, um candidato na contramão

Post aqui publicado, ontem, às 14h59m:

"Uma eventual vitória de Fernando Gabeira para prefeito do Rio de Janeiro quebrará sólidos paradigmas que orientam as campanhas eleitorais desde os tempos idos.
De frente para trás: neste momento, as regiões mais densamente habitadas da cidade, principalmente as zonas norte e oeste, estão coalhadas de cabos eleitorais de Eduardo Paes, candidato do PMDB.
Onde a vigilância da Justiça Eleitoral é frouxa (quer dizer: na maioria dos lugares), faz-se boca de urna - embora ela seja proibida. Onde há vigilância, distribue-se bandeirinhas de plástico.
A campanha de Gabeira, por orientação dele, descartou o uso de cabos eleitorais no dia da eleição. Falta material de propaganda. Gabeira levou ao pé-da-letra a promessa de não sujar a cidade.
Na manhã de ontem [sábado], atrás de cartazes, dezenas de pessoas invadiram o comitê central da campanha de Gabeira na avenida Rio Branco. Os únicos que havia estavam colados nas paredes. Foram arrancados.
Paes torturou-se ensaindo para os oito debates que travou com Gabeira no segundo turno. Aluno aplicado, memorizou estatísticas, preparou perguntas capciosas e bolou respostas para tudo.
Gabeira não perdeu muito tempo se preparando para os debates. No dia do último e mais importante, o da TV Globo, passou duas horas trocando figurinhas com seus assessores - sem deixar de atender o celular.
Em uma eleição renhida, candidato bate e apanha. Gabeira só apanhou - e apanhou bastante. Prometera não atacar o adversário - e cumpriu a promessa.
Dá para ganhar eleição em uma grande cidade sem gastar muito? Gabeira apostou que sim. Aceitou doações - desde que pudesse revelar na internet o nome dos doadores e quanto cada um deu.
A mais chulé das campanhas conta com a ajuda de um marqueteiro. Gabeiro foi o marqueteiro de sua campanha. Ninguém escreveu o que ele devia dizer no rádio e na televisão - nem ele mesmo. Improvisava.
Enfrentou o candidato do presidente da República, do governador do Estado e da Igreja Universal amparado por um PSDB que no Rio é raquítico, e por um DEM que não ousa dizer o nome.
Um candidato assim pode se eleger?
Com a palavra os cariocas."

domingo, 26 de outubro de 2008

O Herdeiro de César


Depois do primeiro turno e de diversos acontecimentos ao longo do segundo, a eleição do Rio de Janeiro tomou um rumo inesperado para mim. A chegada de Gabeira e de Eduardo Paes, deixando Crivella de fora da jogada, foi uma surpresa. Maior surpresa tem sido o comportamento de cada candidato frente à eleição de hoje. Só espero não me surpreender com a população do RJ votando no pior do dois: Eduardo Paes.

Não sou militante do PV, não sou fã do Gabeira e não votei em ninguém no primeiro turno, mas me sinto na obrigação de votar agora. Na realidade, não vou votar no Gabeira em si, mas contra o Eduardo Paes. A primeira coisa que me fez pensar assim foi a postura dele (Paes) em pedir desculpas ao Lula pelos ataques que ele havia feito ao Presidente durante a CPI dos Correios, simplesmente porque agora precisa do apoio do Governo Federal, uma vez que Cabral é mentor da candidatura e aliado declarado de Lula. Se tem uma coisa que denigre o político é a corrupção. Entretanto, a falta de caráter e o oportunismo barato também têm o mesmo impacto. Para se ter uma idéia, Paes troca de partido como quem troca de roupa (vi/li essa colocação várias vezes na imprensa), tendo iniciado sua carreira política no... PV de Gabeira! Do PV para o PFL, do PFL ao PTB, do PTB ao PSDB, do PSDB ao atual PMDB... Qual será o próximo?

Acho que todo o político tem cara de pau por natureza, mas a propaganda na TV de Paes chega a ser constrangedora nesse ponto. Nos programas em que mostrou o encontro com Presidente Lula, Paes nem de longe parecia o oposicionista de outrora, mostrando projetos e mais projetos, tentando passar a impressão ao público que com ele na Prefeitura, o Governo Federal será nosso maior parceiro... Para completar, outros programas mostraram o mesmo tipo de encontro com Tarso Genro e Dilma Russef, no esquema “nunca falei nada de ninguém”, levando uma ilusão patética ao povo do RJ... para quem quiser ter uma idéia do absurdo, vejam o vídeo no fim do post, de uma entrevista de Paes a TV em 2006. Vejam como ele era antes e o que é hoje. Patético.

Gabeira vai fazer algo se eleito? Não sei. Pelo menos ele não tem o discurso pronto do Paes (e de todos os outros também) que diz que fará x hospitais, x creches, x escolas, colocará mais Pms na Rua, mais professores, vai melhorar a guarda municipal, vai acabar com os camelôs nas ruas, vai colocar ônibus mais baratos e etc., numa fórmula pronta que eles compram não sei aonde. Vencer toda a burocracia da máquina é difícil, e realizar todos esses milagres, tão fáceis de serem prometidos, é um desafio sem tamanho. Vencer a guerra de interesses da política é tarefa Herculínea. Gabeira é mais contido nesse ponto e conseguiu chegar até aqui sem ter um comitê sequer, fazendo as coisas na base do voluntariado, ao contrário de Paes que tem o Governo do Estado e a estrutura do PMDB ao seu lado.

Sinceramente, não sei se a coisa vai melhorar, seja com um ou com o outro. Ninguém efetivamente fez nada até agora, e é difícil achar que haverá um ponto de partida. Até mesmo Sérgio Cabral, que chegou cheio de gás, não invade mais hospital público para apurar descaso com o povo... Será que algum dia isso muda? Será que um dia surgirá alguém que realmente faça algo por nós? Enquanto não sabemos da resposta, só nos resta escolher o menos pior, pois bom ainda não há.


sábado, 25 de outubro de 2008

Vídeo da Semana: "Números" Engenheiros do Hawaii


Taí uma banda da qual sempre fui muito fã e ainda não comentei aqui. Na minha opinião, o Engenheiros só perde para o Legião Urbana em termos de importância dentro do Rock Nacional. Infelizmente, nem todos pensam assim e a banda sempre foi muito injustiçada, sem o devido reconhecimento. Grande parte dessa animosidade era direcionada ao líder da banda Humberto Gessinger, principalmente por suas letras "poéticas", caracterizadas por jogos de palavras nem sempre compreendidos. Independente disso, eu comprava todos os vinis da banda (nossa!) e hoje tenho quase tudo em CD. Apesar da inocência e da poética estranha de Gessinger, os primeiros trabalhos da banda são clássicos! Esta música aqui é mais recente, oriunda do albúm o vivo "10.000 Destinos" (2000), sendo um dos bonus track de estúdio. Mais uma vez os jogos de palavras de Gessinger se fazem presentes, mas a música é linda e ainda infinitamente superior a esses "rockinhos" de hoje na cena nacional. Longa vida ao Engenheiros!

PS: Apesar do meu desejo, Gessinger anunciou recentemente que a banda vai dar uma "parada". Uma pena...


quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Você tem Boa Memória?


Como estamos próximos do fim do ano, andei pensando em algumas coisas que aconteceram em 2008 e foram tão comentadas, mas que agora parece terem parecem terem sido plenamente apagadas de nossas mentes... Querem ver alguns que eu lembrei por alto? É interessante ver quanta coisa acontece neste país e depois cai no buraco negro do esquecimento, reforçando a tese de que aqui nunca se termina nada.

Casal Nardoni – Estão presos, mas em meio aquele circo todo, ainda restou a dúvida: foram eles mesmos?

Cartão Corporativo – A farra acabou?

Dossiê do Governo FHC – Quem fez o maldito dossiê das contas do governo Tucano, afinal de contas? Só a cúpula do governo Lula tinha acesso às informações...

Processo Renan Calheiros – Mais uma pizza em Brasília...

CPI dos Correios – Apenas mais uma com começo, sem meio e com um fim patético.

As Operações Cinematográficas da PF – Alguém continua na cadeia?

Ronaldo e suas “garotas” – Esse “ele” quer esquecer...

Daniel Dantas – Esse “eles” querem esquecer...

TV Digital – Alguém viu?

TV Pública – Alguém verá um dia? Ou verá o dinheiro gasto (à toa) nela?

Os Grampos do Governo – Como foi o próprio Governo que grampeou a si mesmo, se for feita ma investigação, o Governo terá de punir a si mesmo e, por isso, é melhor esquecer mesmo: deu para entender?

Se você lembrar de mais alguma coisa, trate de esquecer, ok?

Aroeira e a Cri$e





A Prisão Eleitoral


Com o término do 1º turno e restando menos de dez dias para o fim do 2º e a realização das eleições, cheguei à conclusão que o voto neste país é uma coisa digna de estudos, pois mesmo sendo coisa séria, é definitivamente cômica. Independente de como você o usa, apesar de toda a propaganda e discussão que ele gera, não serve absolutamente para nada. Pessimismo extremo? Nada disso, apenas a dura constatação de que o jogo político, do jeito que está e com as opções que temos, não mudará tão cedo.

Basicamente, vimos nesta eleição às mesmas situações, as mesmas propostas, as mesmas campanhas, os mesmos personagens e etc. Todo o processo flui da mesma maneira, e eu, particularmente, tenho cada vez menos vontade de me envolver com isto tudo. Alguns podem dizer que isso é falta de civilidade, mas quem tem é patriota neste país, a não ser em copa do mundo? A única coisa que me chamou mais a atenção nesta eleição é que parece que existem muitas pessoas como eu, que já se convenceram de é melhor cuidar do seu futuro por si próprio do que aguardar a ação de algum político. É claro que essa parcela da população é infinitamente pequena frente a nossa imensa massa de iletrados e iludidos que venera o governo Lula, mas pelo menos é o começo.

Um sinal que confirma essa minha tese foi a intensa campanha do governo sobre a importância do voto e do processo eleitoral. Se utilizando de uma atriz (relativamente) conhecida, fez comerciais explicativos com uma média de exibição diária absurda, massificando mesmo na cabeça do povo que ele deve valorizar o processo. Acredito que se isso se deva a dois fatores básicos: 1) O descrédito e desencanto da parcela urbana e mais instruída da população com a classe política 2) O crescente questionamento sobre o fato de o voto ser obrigatório, mesmo numa Democracia tão “maravilhosa” e “plena” como a nossa. No que tange a descrença com a classe política, volto ao parágrafo anterior e reafirmo que ainda somos poucos.

Com relação ao voto obrigatório, tenho absoluta certeza de que, se tem uma coisa que político tem pavor, pânico e medo, é da desobrigação do voto. A razão? Simplesmente porque não somos, culturalmente falando, iguais ao Norte Americanos, por exemplo, que têm como facultativa a opção de sair de casa e ir votar. Lá, existe um sentimento patriótico que vem do berço (além de um sistema eleitoral e político mais justo – mesmo não tendo esse negócio de urna eletrônica que tanto vangloriam por aqui, mas no fundo, no fundo, não é nada demais), que faz com as pessoas se sintam no dever (cívico) de fazê-lo. Por aqui, a descrença e o descaso se revelariam de modo pleno, pois as pessoas só se envolvem um pouco mais por que são obrigadas a ir lá. Se não adianta nada mesmo, se nada muda, se a vida não melhora, porque ter o trabalho de ir lá e escolher alguém? Aliás, uma das maiores hipocrisias desse país é alguém dizer que o voto tem de ser bem dado, bem pensado e etc. Mas como, se não há opções que valham à pena?

Ainda sobre o voto obrigatório, outro dia assisti ao programa de debates do Lobão na MTV onde o assunto era esse. Por incrível que pareça, havia lá um retardado (só falando assim) que defendia que a plena Democracia só existe com a obrigação de o cidadão votar. O engraçado é ouvir isso de um cidadão de um país onde governo permite candidatos com ficha criminal - para se ter uma idéia, um candidato a vereador em Niterói tem “apenas” 170 anotações em sua ficha por estelionato! – mas ao mesmo tempo não divulga estas informações ao povo. Obrigar o povo a escolher bem quando simplesmente não há boas opções é contraditório e antidemocrático.

Mas acho que o pior do pior foram as campanhas sobre uma má escolha na hora de votar. Através de comerciais na TV, o governo simplesmente ofendia a inteligência da população: o primeiro que assisti foi ao do cidadão que há quatro anos vivia com uma abelha no ouvido (!). Partindo desta premissa imbecil, se votarmos errado, teremos a mesma sensação de desconforto e incomodo (pelo amor de Deus...). Outra foi a do cidadão que ao ficar nervoso começava a sapatear, e pelos mesmos quatro anos ele sapateava e sapateava... Como alguém pode em são consciência pode achar que isso é uma analogia válida com uma eleição? Isto nada mais, nada menos, é o reflexo daqueles governantes ruins que temos hoje, mas que um dia foram candidatos.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Vídeo da Semana: Amy Winehouse "You Know I'm No Good"


Na minha opinião, esta é a melhor música da maluca de plantão Amy Winehouse. Vinda do seu segundo (e último, será?) album, "Back To Black", esta música é maravilhosa, com um feeling fantástico na já tradicional levada jazzística de suas canções. Sozinha, vale mais do que muita bobeira pop por aí hoje em dia. Enjoy!