terça-feira, 18 de novembro de 2008

E se o Matrix Rodasse no Windows?

É o que o vídeo abaixo mostra, apesar de ser em Inglês e sem legendas. Mas não há problema: basta ser usuário do Windows para entender... e mesmo sem ter visto o filme!

domingo, 16 de novembro de 2008

Conclusão Brilhante!

Qual a diferença entre o Político e o Ladrão?
"A diferença é que um nós escolhemos, o outro nos escolhe."

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

A Onda Obama


Óbvio que o assunto do momento é a vitória arrasadora de Barack Obama e seu impacto não só nos EUA, mas em todo o mundo. Não vou aqui falar sobre Obama em si e sua história, uma vez que há farto material sobre ele em todas as mídias disponíveis por aí. Mas três coisas em específico me chamaram a atenção, e é sobre elas que gostaria de falar: a percepção das pessoas sobre o que representa essa eleição (inclusive aqui no Brasil), a democracia nos EUA x democracia no Brasil e por fim: o que Obama pode (ou não) fazer?


É simplesmente assustadora a proporção tomada pela eleição de Obama, mediante a exaltação da cor da sua pele, da possibilidade de renovação, da tábua de salvação no meio do naufrágio do Governo Bush (aliás, magnífica a charge do Aroeira acima, não? Muito engraçada!), enfim de toda uma perspectiva de reversão do quadro negativo dos EUA e da crise mundial em si, uma vez que o que acontece lá reflete no mundo todo. Mas o que me incomoda um pouco é a extrema ênfase que é dada à cor de Barack, como se isso fosse a maior de suas virtudes. É claro que é um marco, num país extremamente racista, um negro assumir a presidência, mas isso não pode ser colocado acima de sua capacidade de dirigir uma nação. Do jeito que a mídia trata o assunto, pode-se pensar que isso foi um fator decisivo para sua eleição, o que não ocorreu. Os americanos escolheram entre a continuidade e a mudança, e ganhou a mudança. Obviamente um dos grandes eleitores de Obama foi o trágico governo Bush, o que colocou Mcain numa posição difícil de reverter. Além disso, as posições tomadas por Obama em assuntos ignorados por Bush (meio ambiente, por exemplo), ajudaram a consolidar sua figura. Aliás, junto à imagem de 1º presidente negro, vem a de “nice guy” (cara legal). Falo isso porque o governo brasileiro tem essa impressão, acreditando que agora, mais do que nunca, estaremos próximos dos EUA. Já chegaram ao cúmulo de comparar as trajetórias de Obama e Lula (meu Deus...) na ânsia de traçar paralelo e afinidade entre ambos. Fora o sentimento de mudança no momento de sua eleição, Lula nada mais tem em comum com Obama, que além de experiência política, é formado numa das melhores universidades do mundo, ao passo que nosso presidente nem falar direito sabe (isso sempre me incomodou muito: para conseguir um emprego no Brasil, é necessária a maior escolaridade e cultura possíveis, mas para um presidente não!). Obama pode ser uma figura cativante, mas não se pode esquecer que ele precisa atender aos anseios da nação que o elegeu – a maior do mundo – o que não significará atender aos anseios de outras nações.

Já falei em outras ocasiões que me revolta a exaltação de Democracia que se faz aqui, principalmente nas últimas eleições, onde, na verdade, a única coisa que se tem de bom é uma urna eletrônica. E só. Mais ainda me revoltou ver brasileiro criticando o sistema eleitoral americano. É um sistema antigo (data do século 19), confuso pacas, não é eletrônico, tem falhas, mas para eles funciona! Todo mundo aceita e participa dele quando quer, pois o voto não é obrigatório. Para mim, democracia é o que se viu lá, com as pessoas, mesmo sem obrigação para tal, se movimentando em favor das campanhas dos candidatos, enfrentando filas para votar num dia que não foi feriado, em suma, correndo atrás atrás da mudança de suas vidas face um governo de 8 anos de puro desastre. Por acaso fazemos isso aqui? Tem alguém correndo atrás por conta de 8 anos de Lula??? Tem alguém questionando porque num país de 3º mundo como o nosso somos obrigados a votar e nada muda, enquanto num país desenvolvido as coisas vão mudar (pode até não ser tanto quanto a expectativa pede, mas Bush fora do poder já é um avanço) porque povo se manifestou, por pura consciência patriótica? Obama tem daqui para frente um peso enorme para carregar, uma vez que a Democracia de uma nação lhe imputou a responsabilidade de mudar um quadro que não a agradava. Infelizmente, aqui no Brasil se cumpre a obrigação de eleger alguém para um cargo para o qual não se fará nada, pelo menos para o povo...

Mas o que Obama fará? Salvará os EUA e o mundo? É o que falei acima: em primeiro lugar, ele vai arrumar dentro de casa e vai tentar reverter o déficit orçamentário de 455 bilhões de dólares, resgatando a economia do país. Isso vai implicar em protecionismo, bem diferente da abertura que muitos aguardam, inclusive aqui no Brasil. Não se pode esquecer que Obama precisa dar conta dos quase 64 milhões de votos recebidos, e para isso precisará reduzir os índices de desemprego, restabelecer a economia, cuidar da questão do Iraque, do meio ambiente, a bolha imobiliária americana, tudo isso sob a perspectiva de que ele será mágico (como muitos acham) ao tratar destas e de outras questões problemáticas. Para resolver isso tudo, Obama não poderá ser pulso fraco ou ser aberto demais a outras questões (concessões a América Latina, como por exemplo). Tudo isso ficará para segundo plano (ou talvez um segundo mandato, quem sabe?), frente às questões prioritárias. O mais importante é que, agora é uma espécie de “popstar” para o mundo inteiro, mas uma hora essa aura o abandonará, pois ele passará a ser o Presidente do estados Unidos da América, com a difícil missão de agradar a Gregos e Troianos, pois ambos votaram nele.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Comercial: Hahn Beer

As mulheres vão adorar este comercial e fatalmente vão dizer: "homem é tudo igual, são uns animais..."

Massa: Campeão Sim!


Fã da Fórmula 1 como eu sou, não poderia nunca deixar de registrar aqui minha alegria com essa temporada de 2008. É claro que o final poderia ter sido muito melhor com o Massa campeão, mas mesmo assim valeu pelo espetáculo. Apenas algumas poucas corridas foram monótonas, mas a maioria sempre teve alguma surpresa, emoções fortes, disputas sensacionais, sendo a metade final do campeonato um pega para capar entre Massa e Hamilton pelos pontos que podiam decidir o título. Há tempos eu não via a F1 tão movimentada como foi esse ano.

Com relação a Massa, nunca a expressão “Campeão Moral” caiu tão bem. Ele fez tudo o que podia e se mostrou um talento dentro das pistas. Afinal de contas, estamos falando de um vice-campeonato por apenas 1 ponto de diferença! Tenho a plena convicção de que o título não foi perdido na última curva de Interlagos, mas sim nas duas provas em que a Ferrari cometeu erros bárbaros e que lhe custaram um campeonato que poderia ter sido conquistado por antecipação (não me lembro do circuito, mas um foi naquele em que ele parou na última volta estando em 1º e o outro foi na prova de Cingapura,onde houve o erro do abastecimento eletrônico e a bomba ficou agarrada no carro). Foram duas vitórias preciosas e que fizeram diferença agora no final. Na minha opinião, a Ferrari acordou muito tarde para o fato de Massa tinha reais condições de ser campeão, e com isso fizesse de Raikkonen o nº 2 da equipe – e consequentemente passasse a correr apenas para ajudar Massa. Mesmo tendo uma vitória a mais que Hamilton, Massa não pode contar com uma acertividade da Ferrari que lhe desse uma regularidade de pontos/pódiuns que superasse o inglês e a Mclaren.

Acho que no ano que vem teremos uma temporada ainda mais agitada, principalmente porque acredito que Massa terá muito mais atenção da equipe, pois já provou talento, precisão, velocidade e o principal: maturidade. Raikkonen vai tentar recuperar a temporada pífia que fez, isso sem falar em Fernando Alonso, que tem chances de ter um carro mais competitivo no ano que vem. Do lado brazuca, teremos a estréia do Bruno Senna (grande promessa, não só pelo parentesco refletido no nome) e Nelsinho Piquet que fez boa estréia (na medida do possível, claro). Mas o melhor de tudo: sem Barrichelo!!!!!!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

"Anjos e Demônios", o Filme

Finalmente! Em 15 de Maio do ano que vem estréia no Brasil o filme “Anjos e Demônios”, seqüência de “O Código Da Vinci”. Na realidade, não há uma continuidade do filme anterior, pois se trata de uma nova aventura do Dr Robert Langdon (Tom Hanks). Dado o sucesso do Código, Hollywood virou suas baterias para a outra aventura do autor Dan Brown com o mesmo Herói do primeiro filme. O curioso é que, cronologicamente, “Anjos e Demônios” foi lançado primeiro do que “O Código Da Vinci”. Mas nada disso importará se o filme for tão fiel ao livro quanto o primeiro foi. Falo isso porque já li “AeD” duas vezes e o considero o melhor de Dan Brown. Isso sem falar em Tom Hanks, um dos melhores atores de Hollywood na atualidade. Aí embaixo você vê as primeiras fotos de divulgação do filme!




segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Luto Eleitoral

Como estou em pleno luto eleitoral, devido a "brilhante" opção de pouco mais da metade da população carioca, não tenho nem o que dizer. Entretanto, reproduzo aqui texto postado ontem e repetido hoje pelo Ricardo Noblat em seu blog (http://oglobo.globo.com/pais/noblat) sobre o assunto. Abordagem perfeita, mostra o quanto o carioca se equivocou. Uma pena.

Recordar é viver
Rio - Gabeira, um candidato na contramão

Post aqui publicado, ontem, às 14h59m:

"Uma eventual vitória de Fernando Gabeira para prefeito do Rio de Janeiro quebrará sólidos paradigmas que orientam as campanhas eleitorais desde os tempos idos.
De frente para trás: neste momento, as regiões mais densamente habitadas da cidade, principalmente as zonas norte e oeste, estão coalhadas de cabos eleitorais de Eduardo Paes, candidato do PMDB.
Onde a vigilância da Justiça Eleitoral é frouxa (quer dizer: na maioria dos lugares), faz-se boca de urna - embora ela seja proibida. Onde há vigilância, distribue-se bandeirinhas de plástico.
A campanha de Gabeira, por orientação dele, descartou o uso de cabos eleitorais no dia da eleição. Falta material de propaganda. Gabeira levou ao pé-da-letra a promessa de não sujar a cidade.
Na manhã de ontem [sábado], atrás de cartazes, dezenas de pessoas invadiram o comitê central da campanha de Gabeira na avenida Rio Branco. Os únicos que havia estavam colados nas paredes. Foram arrancados.
Paes torturou-se ensaindo para os oito debates que travou com Gabeira no segundo turno. Aluno aplicado, memorizou estatísticas, preparou perguntas capciosas e bolou respostas para tudo.
Gabeira não perdeu muito tempo se preparando para os debates. No dia do último e mais importante, o da TV Globo, passou duas horas trocando figurinhas com seus assessores - sem deixar de atender o celular.
Em uma eleição renhida, candidato bate e apanha. Gabeira só apanhou - e apanhou bastante. Prometera não atacar o adversário - e cumpriu a promessa.
Dá para ganhar eleição em uma grande cidade sem gastar muito? Gabeira apostou que sim. Aceitou doações - desde que pudesse revelar na internet o nome dos doadores e quanto cada um deu.
A mais chulé das campanhas conta com a ajuda de um marqueteiro. Gabeiro foi o marqueteiro de sua campanha. Ninguém escreveu o que ele devia dizer no rádio e na televisão - nem ele mesmo. Improvisava.
Enfrentou o candidato do presidente da República, do governador do Estado e da Igreja Universal amparado por um PSDB que no Rio é raquítico, e por um DEM que não ousa dizer o nome.
Um candidato assim pode se eleger?
Com a palavra os cariocas."

domingo, 26 de outubro de 2008

O Herdeiro de César


Depois do primeiro turno e de diversos acontecimentos ao longo do segundo, a eleição do Rio de Janeiro tomou um rumo inesperado para mim. A chegada de Gabeira e de Eduardo Paes, deixando Crivella de fora da jogada, foi uma surpresa. Maior surpresa tem sido o comportamento de cada candidato frente à eleição de hoje. Só espero não me surpreender com a população do RJ votando no pior do dois: Eduardo Paes.

Não sou militante do PV, não sou fã do Gabeira e não votei em ninguém no primeiro turno, mas me sinto na obrigação de votar agora. Na realidade, não vou votar no Gabeira em si, mas contra o Eduardo Paes. A primeira coisa que me fez pensar assim foi a postura dele (Paes) em pedir desculpas ao Lula pelos ataques que ele havia feito ao Presidente durante a CPI dos Correios, simplesmente porque agora precisa do apoio do Governo Federal, uma vez que Cabral é mentor da candidatura e aliado declarado de Lula. Se tem uma coisa que denigre o político é a corrupção. Entretanto, a falta de caráter e o oportunismo barato também têm o mesmo impacto. Para se ter uma idéia, Paes troca de partido como quem troca de roupa (vi/li essa colocação várias vezes na imprensa), tendo iniciado sua carreira política no... PV de Gabeira! Do PV para o PFL, do PFL ao PTB, do PTB ao PSDB, do PSDB ao atual PMDB... Qual será o próximo?

Acho que todo o político tem cara de pau por natureza, mas a propaganda na TV de Paes chega a ser constrangedora nesse ponto. Nos programas em que mostrou o encontro com Presidente Lula, Paes nem de longe parecia o oposicionista de outrora, mostrando projetos e mais projetos, tentando passar a impressão ao público que com ele na Prefeitura, o Governo Federal será nosso maior parceiro... Para completar, outros programas mostraram o mesmo tipo de encontro com Tarso Genro e Dilma Russef, no esquema “nunca falei nada de ninguém”, levando uma ilusão patética ao povo do RJ... para quem quiser ter uma idéia do absurdo, vejam o vídeo no fim do post, de uma entrevista de Paes a TV em 2006. Vejam como ele era antes e o que é hoje. Patético.

Gabeira vai fazer algo se eleito? Não sei. Pelo menos ele não tem o discurso pronto do Paes (e de todos os outros também) que diz que fará x hospitais, x creches, x escolas, colocará mais Pms na Rua, mais professores, vai melhorar a guarda municipal, vai acabar com os camelôs nas ruas, vai colocar ônibus mais baratos e etc., numa fórmula pronta que eles compram não sei aonde. Vencer toda a burocracia da máquina é difícil, e realizar todos esses milagres, tão fáceis de serem prometidos, é um desafio sem tamanho. Vencer a guerra de interesses da política é tarefa Herculínea. Gabeira é mais contido nesse ponto e conseguiu chegar até aqui sem ter um comitê sequer, fazendo as coisas na base do voluntariado, ao contrário de Paes que tem o Governo do Estado e a estrutura do PMDB ao seu lado.

Sinceramente, não sei se a coisa vai melhorar, seja com um ou com o outro. Ninguém efetivamente fez nada até agora, e é difícil achar que haverá um ponto de partida. Até mesmo Sérgio Cabral, que chegou cheio de gás, não invade mais hospital público para apurar descaso com o povo... Será que algum dia isso muda? Será que um dia surgirá alguém que realmente faça algo por nós? Enquanto não sabemos da resposta, só nos resta escolher o menos pior, pois bom ainda não há.


sábado, 25 de outubro de 2008

Vídeo da Semana: "Números" Engenheiros do Hawaii


Taí uma banda da qual sempre fui muito fã e ainda não comentei aqui. Na minha opinião, o Engenheiros só perde para o Legião Urbana em termos de importância dentro do Rock Nacional. Infelizmente, nem todos pensam assim e a banda sempre foi muito injustiçada, sem o devido reconhecimento. Grande parte dessa animosidade era direcionada ao líder da banda Humberto Gessinger, principalmente por suas letras "poéticas", caracterizadas por jogos de palavras nem sempre compreendidos. Independente disso, eu comprava todos os vinis da banda (nossa!) e hoje tenho quase tudo em CD. Apesar da inocência e da poética estranha de Gessinger, os primeiros trabalhos da banda são clássicos! Esta música aqui é mais recente, oriunda do albúm o vivo "10.000 Destinos" (2000), sendo um dos bonus track de estúdio. Mais uma vez os jogos de palavras de Gessinger se fazem presentes, mas a música é linda e ainda infinitamente superior a esses "rockinhos" de hoje na cena nacional. Longa vida ao Engenheiros!

PS: Apesar do meu desejo, Gessinger anunciou recentemente que a banda vai dar uma "parada". Uma pena...


quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Você tem Boa Memória?


Como estamos próximos do fim do ano, andei pensando em algumas coisas que aconteceram em 2008 e foram tão comentadas, mas que agora parece terem parecem terem sido plenamente apagadas de nossas mentes... Querem ver alguns que eu lembrei por alto? É interessante ver quanta coisa acontece neste país e depois cai no buraco negro do esquecimento, reforçando a tese de que aqui nunca se termina nada.

Casal Nardoni – Estão presos, mas em meio aquele circo todo, ainda restou a dúvida: foram eles mesmos?

Cartão Corporativo – A farra acabou?

Dossiê do Governo FHC – Quem fez o maldito dossiê das contas do governo Tucano, afinal de contas? Só a cúpula do governo Lula tinha acesso às informações...

Processo Renan Calheiros – Mais uma pizza em Brasília...

CPI dos Correios – Apenas mais uma com começo, sem meio e com um fim patético.

As Operações Cinematográficas da PF – Alguém continua na cadeia?

Ronaldo e suas “garotas” – Esse “ele” quer esquecer...

Daniel Dantas – Esse “eles” querem esquecer...

TV Digital – Alguém viu?

TV Pública – Alguém verá um dia? Ou verá o dinheiro gasto (à toa) nela?

Os Grampos do Governo – Como foi o próprio Governo que grampeou a si mesmo, se for feita ma investigação, o Governo terá de punir a si mesmo e, por isso, é melhor esquecer mesmo: deu para entender?

Se você lembrar de mais alguma coisa, trate de esquecer, ok?

Aroeira e a Cri$e





A Prisão Eleitoral


Com o término do 1º turno e restando menos de dez dias para o fim do 2º e a realização das eleições, cheguei à conclusão que o voto neste país é uma coisa digna de estudos, pois mesmo sendo coisa séria, é definitivamente cômica. Independente de como você o usa, apesar de toda a propaganda e discussão que ele gera, não serve absolutamente para nada. Pessimismo extremo? Nada disso, apenas a dura constatação de que o jogo político, do jeito que está e com as opções que temos, não mudará tão cedo.

Basicamente, vimos nesta eleição às mesmas situações, as mesmas propostas, as mesmas campanhas, os mesmos personagens e etc. Todo o processo flui da mesma maneira, e eu, particularmente, tenho cada vez menos vontade de me envolver com isto tudo. Alguns podem dizer que isso é falta de civilidade, mas quem tem é patriota neste país, a não ser em copa do mundo? A única coisa que me chamou mais a atenção nesta eleição é que parece que existem muitas pessoas como eu, que já se convenceram de é melhor cuidar do seu futuro por si próprio do que aguardar a ação de algum político. É claro que essa parcela da população é infinitamente pequena frente a nossa imensa massa de iletrados e iludidos que venera o governo Lula, mas pelo menos é o começo.

Um sinal que confirma essa minha tese foi a intensa campanha do governo sobre a importância do voto e do processo eleitoral. Se utilizando de uma atriz (relativamente) conhecida, fez comerciais explicativos com uma média de exibição diária absurda, massificando mesmo na cabeça do povo que ele deve valorizar o processo. Acredito que se isso se deva a dois fatores básicos: 1) O descrédito e desencanto da parcela urbana e mais instruída da população com a classe política 2) O crescente questionamento sobre o fato de o voto ser obrigatório, mesmo numa Democracia tão “maravilhosa” e “plena” como a nossa. No que tange a descrença com a classe política, volto ao parágrafo anterior e reafirmo que ainda somos poucos.

Com relação ao voto obrigatório, tenho absoluta certeza de que, se tem uma coisa que político tem pavor, pânico e medo, é da desobrigação do voto. A razão? Simplesmente porque não somos, culturalmente falando, iguais ao Norte Americanos, por exemplo, que têm como facultativa a opção de sair de casa e ir votar. Lá, existe um sentimento patriótico que vem do berço (além de um sistema eleitoral e político mais justo – mesmo não tendo esse negócio de urna eletrônica que tanto vangloriam por aqui, mas no fundo, no fundo, não é nada demais), que faz com as pessoas se sintam no dever (cívico) de fazê-lo. Por aqui, a descrença e o descaso se revelariam de modo pleno, pois as pessoas só se envolvem um pouco mais por que são obrigadas a ir lá. Se não adianta nada mesmo, se nada muda, se a vida não melhora, porque ter o trabalho de ir lá e escolher alguém? Aliás, uma das maiores hipocrisias desse país é alguém dizer que o voto tem de ser bem dado, bem pensado e etc. Mas como, se não há opções que valham à pena?

Ainda sobre o voto obrigatório, outro dia assisti ao programa de debates do Lobão na MTV onde o assunto era esse. Por incrível que pareça, havia lá um retardado (só falando assim) que defendia que a plena Democracia só existe com a obrigação de o cidadão votar. O engraçado é ouvir isso de um cidadão de um país onde governo permite candidatos com ficha criminal - para se ter uma idéia, um candidato a vereador em Niterói tem “apenas” 170 anotações em sua ficha por estelionato! – mas ao mesmo tempo não divulga estas informações ao povo. Obrigar o povo a escolher bem quando simplesmente não há boas opções é contraditório e antidemocrático.

Mas acho que o pior do pior foram as campanhas sobre uma má escolha na hora de votar. Através de comerciais na TV, o governo simplesmente ofendia a inteligência da população: o primeiro que assisti foi ao do cidadão que há quatro anos vivia com uma abelha no ouvido (!). Partindo desta premissa imbecil, se votarmos errado, teremos a mesma sensação de desconforto e incomodo (pelo amor de Deus...). Outra foi a do cidadão que ao ficar nervoso começava a sapatear, e pelos mesmos quatro anos ele sapateava e sapateava... Como alguém pode em são consciência pode achar que isso é uma analogia válida com uma eleição? Isto nada mais, nada menos, é o reflexo daqueles governantes ruins que temos hoje, mas que um dia foram candidatos.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Vídeo da Semana: Amy Winehouse "You Know I'm No Good"


Na minha opinião, esta é a melhor música da maluca de plantão Amy Winehouse. Vinda do seu segundo (e último, será?) album, "Back To Black", esta música é maravilhosa, com um feeling fantástico na já tradicional levada jazzística de suas canções. Sozinha, vale mais do que muita bobeira pop por aí hoje em dia. Enjoy!



quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Heavy Marketing



O Marketing é algo realmente poderoso, pois até no mundo do rock ele é muito utilizado. Não me refiro aquele Marketing barato baseado em escândalos ou em imagem de “Bad Boy” ou “Bad Girl”, tão comum hoje em dia e que muitos usam. Não me refiro a essa publicidade negativa e barata que coloca nomes em evidência, mas nem sempre por muito tempo ou com o resultado esperado, mas sim ao Marketing premeditado e com objetivos bem definidos. Em suma, uma verdadeira campanha de Marketing, só que no mundo da música. É claro que isso não é novidade, mas os avanços tecnológicos dos dias de hoje tornaram essa tática mais eficiente, abrangente e funcional. Para ilustrar esse assunto, falemos do novo álbum do Metallica, “Death Magnetic”, cujo lançamento mundial está previsto para o dia 12 deste mês e foi precedido de uma estratégia de Marketing interessante, justificada pela necessidade da banda se reerguer após o fracasso do álbum anterior, o famigerado “St. Anger”, de 2003.

Para quem não sabe, o Metallica é uma banda surgida em Los Angeles/CA em 1981 e que foi um dos pilares do Thrash Metal, atingindo o sucesso mundial com o álbum “Metallica” (ou Black Álbum, como também é chamado), de 1991, vendendo cerca de 15 milhões de cópias só nos EUA. Desde então, a banda entrou processo de declínio, comercializando seu som e se distanciando cada vez mais do seu passado. Com o lançamento de “St Anger” – que teve um processo de criação extremamente conturbardo, somada a uma crise interna que quase acabou com a banda – o Metallica enfrentou uma enxurrada de críticas, sendo abandonado inclusive por muito fãs mais radicais, que já não vinham satisfeitos com os rumos do grupo. Mesmo assim, o álbum teve bom desempenho nas paradas, mas é notório que o disco não figura na galeria dos principais trabalhos da banda. Para confirmar isso, nas recentes turnês do grupo nada desse CD foi tocado.

Nestes 5 anos sem lançar nada novo, além das constantes turnês, a banda iniciou o trabalho do novo disco. E desde aí se configurou o uso Marketing para atiçar os fãs, que apesar dos pesares, ainda torciam para que a banda mudasse de idéia e lançasse algo mais tradicional, pesado e rápido, como nos primeiros discos. Em 2006, a banda começou a executar ao vivo uma composição chamada apenas de “The New Song”. Não demorou para o vídeo cair no YouTube e servir de base para inúmeras discussões. Pouco depois, uma segunda música, curiosamente chamada de “The Other New Song” também começou a ser executada e também parou no YouTube. Apesar do perfil mais pesado e rápido, era impossível fazer uma avaliação dos rumos da banda por duas músicas inacabadas e executadas ao vivo. Entretanto, serviram manter em evidência o nome da banda pelo longo período que se seguiria até banda efetivamente entrar em estúdio e disco sair. Pelo o que se sabe até agora, não há informações sobre o aproveitamento deste material no novo disco.

Saltando no tempo e com a banda em estúdio em 2007, a estratégia de divulgação começou com a criação de um site chamado Mission: Metallica, onde seriam postadas informações regulares sobre as gravações, trechos de músicas e detalhes gerais sobre o disco. O site serviu para manter ampliar ao máximo a expectativa dos fãs, que aguardavam ansiosamente qualquer novidade, mas que tinham de se contentar as vezes com trechos de alguns segundos de faixas já finalizadas. O relacionamento com os fãs era estreitado com uma assinatura premium para os que já eram membros do site oficial da banda. Estes, obviamente, tinham a sua disposição mais informações do que os visitantes comuns. Neste meio tempo, apesar dos shows, nenhuma faixa nova era executada, garantindo o sigilo. Traduzindo em miúdos: criava-se uma extrema expectativa em cima do produto, de olho no aumento do demanda, essencial nestes dias de ascensão do MP3 e quedas nas vendas de CD´s.

A revelação do título foi outro capítulo a parte, uma vez que teve sua divulgação parcelada (?). A banda disponibilizava parte do logotipo com poucas letras e embaralhadas de tempos em tempos. Com isso, levou-se mais um tempo até que o nome “Death Magnetic” fosse conhecido. O mesmo não ocorreu com a capa e o track list, divulgados há algum tempo atrás, numa só tacada. Mesmo assim, a banda obteve sucesso em manter para si a atenção e a expectativa do mundo inteiro sobre o seu lançamento.




No que se refere a divulgação das faixas, a banda optou por tocar, somente um mês antes do lançamento oficial, uma nova faixa ao vivo. “Cyanide” foi executada em 9 de Agosto no Texas, durante o festival Ozzfest e rapidamente parou no YouTube. Em 21/8, a banda liberou uma faixa de estúdio, “The Day That Never Comes”, essa sim o primeiro single oficial e primeiro vídeo do álbum (que ainda seria gravado). Com a liberação do primeiro áudio oficial, criou-se a expectativa do vídeo, também explorada no site da banda e no site do disco, inclusive com a liberação de uma prévia. Em 25/8, outra faixa é liberada, “My Apocalypse”. Em 1/9 o vídeo sai e tem veiculação apenas no site da banda (o que foi postado no YouTube foi retirado por conta de direitos autorais). No mesmo dia, é liberado também a versão de estúdio de “Cyanide”.

Tudo isso não deixa de ser curioso, pois a maior parte do processo de Marketing e divulgação do álbum contou com a Internet, sendo que foi notória a briga da banda em 2000/2001 contra o Napster, site de troca de arquivos e que segundo o grupo incentivava a pirataria e quebra dos direitos autorais e de propriedade. Foi uma atitude extremamente impopular, e que soa mais ridícula ainda ao ver que a banda se usou fartamente da mesma Internet que combateu no passado a fim de se promover. Como o que importa é o disco novo, a estratégia deu certo, com todos os olhos (e ouvidos) voltados para este lançamento. Pode até ser que o produto não seja lá essas coisas, mas atrair a atenção do consumidor, ele já atraiu.

A estratégia só não saiu perfeita por um pequeno detalhe: ontem, uma loja na França, “sem querer”, colocou o disco a venda indevidamente, 9 dias antes do previsto... Não preciso dizer que o disco já caiu na rede e que a pirataria vai comer solta. Como eu sei disso? Um amigo já me passou o link para baixá-lo na integra... mas isso é segredo e eu não vou contar para ninguém!

domingo, 24 de agosto de 2008

Aroeira em Beijing







Beijing 2008 (!) Londres 2012 (!) Brasil 2016 (?)


Acabaram-se há pouco os jogos de Pequim, numa cerimônia de encerramento tão espetacular quanto a de abertura. Sinceramente, volto a questionar se temos condição de arcar em 2016, como querem nossas autoridades, com uma competição de tanta importância e seriedade, como é uma olimpíada. São apenas 8 anos para termos a estrutura, a cultura, a segurança, a educação e tudo mais que não construímos em 508 de existência, coisa que nos distingue dos demais países e ainda nos relega ainda ao 3º mundo. É uma realidade, e é notório que eventos deste porte representam muito dinheiro em turismo e muita exposição mundial, sendo essa a grande razão para sediar algo assim por aqui. Todos ainda se lembram (ou pelo menos deveriam lembrar) da roubalheira e má organização que foram os jogos do Pan, aonde até um atleta (deficiente) chegou a morrer ao ser encaminhado para um hospital público. É claro que os jogos de Pequim tiveram falhas e algumas enganações, mas os jogos em si foram muito bem organizados e, apesar de eventuais problemas ocorridos, transcorreram muito bem. Vamos ver até onde a ganância do Brasileiro vai chegar.

Nosso resultado em termos de medalha (3 Ouros, 4 Pratas e 8 Bronzes = 15 Medalhas) foi inferior á Grécia em 2004 (5 Ouros, 2 Pratas e 3 Bronzes = 10 medalhas) se visto pelo Ouro (que é o que interessa, certo?), mas superior se computado o total geral. O Brasil confirma, contudo, uma trajetória descendente em seu movimento olímpico, uma vez que obteve 15 medalhas em Atlanta (1996) e 12 (nenhuma de ouro) em Sydney (2000). Esse é mais um fator a ser analisado: para que sediar um evento desse sem ter competitividade? Como fazer um evento voltado ao esporte mundial se não há investimento e incentivo aqui? Contando as 4 Olimpíadas citadas, temos uma média de 13 medalhas (Total / por Olimpíada). Como usar isso contra uma China, por exemplo, que teve agora 51 medalhas só de Ouro?!?

Essas perguntas serão respondidas em parte daqui há 4 anos em Londres, nas Olimpíadas de 2012, onde com certeza faremos as mesmas apostas de hoje (se não há investimento, não renovação...), contando que elas consigam se virar até lá. Ou vocês acham que o César Cielo, que não vai ganhar um tostão sequer pelo Ouro que conseguiu, vai esperar ajuda de alguém?

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Beijing 2008: O Bronze é Nosso!!!


As Olimpíadas já estão perto do fim, e como já existe uma tonelada de sites e blogs na internet falando dos jogos, achei melhor registrar aqui apenas as minhas impressões do país, das competições, dos resultados, da participação do Brasil, enfim, um balanço geral, digamos assim. Uma coisa é certa: esses jogos na China já ficaram marcados como os mais exóticos que já vi até hoje, uma vez que tudo no lugar tem sua cota de peculiaridade, estranheza (pelo menos para nós, ocidentais) e de cultura, algo milenar e muito respeitado até hoje. Some-se a isso a posição econômica que o país desfruta hoje (a 2ª maior do mundo, atrás apenas dos EUA) e espetáculo de estrutura proporcionado por isso e que foi dado antes, durante e no com certeza será no fim, caso encerramento seja tão magnífico quanto a abertura foi.

A China segue seu crescimento estrondoso no meio de um dilema: desenvolver-se sem se contaminar pela cultura do Ocidente. Como falei acima, lá as tradições falam mais alto e, mesmo com todos os avanços, existem limitações impostas seja pela cultura e pelo sistema ditatorial imposto pelo governo. Como exemplo, a própria Internet que é monitorada e censurada, com a veiculação apenas do que não seja ofensivo ao Governo ou transgressivo frente a cultura Chinesa. Não foram poucos os problemas enfrentados pelas delegações e todos os que se dispuseram a assistir aos jogos pessoalmente, em meio ao que podiam ou não fazer, ver, falar, usar e etc. Outro detalhe impressionante foi o esforço dos Chineses em serem receptivos, inclusive com treinamentos de idiomas, recepção e torcida (!), tudo para agradar aos visitantes.

Em termos de estrutura, os Chineses, sem querer, nos mostraram o quanto fomos incompetentes em organizar aquele Pan aqui. A vila olímpica ficou um espetáculo: linda, bem equipada, efetivamente pronta (o que não houve aqui), bastando dizer que quem comprou um dos apartamentos aqui ainda está tendo dor de cabeça (o próprio ex-jogador Romário é um deles). Alem disso, os estádios foram construídos com planejamento e também ficaram prontos a tempo, isso sem falar na arquitetura de vanguarda, como o Ninho do Pássaro e o Cubo D’Água, simplesmente espetaculares. O mais engraçado de tudo é ver o nosso digníssimo presidente, depois deste espetáculo de organização – coisa que nada tem haver conosco, Brazucas – querer sediar aqui, em 2016, os mesmos jogos...

E falando em “Brézil”, mais uma vez a gente ganha mais Bronze do qualquer coisa, e quem ganha algo diferente disso, torna-se imediatamente, um herói nacional. Acho isso simplesmente uma pena, além de uma injustiça. Digo isso porque é notório que não existe incentivo ao esporte no Brasil, e a grande maioria dos esportistas que participam destes jogos treinam e competem por conta própria, sem incentivo nenhum externo. E aí o cara batalha sozinho, rala sozinho e quando ganha, aí a vitória é do Brasil!!! Pelo que acompanhei até agora, mais uma vez tivemos um desempenho pífio (2 Ouros apenas), com até as grandes promessas perdendo em algum momento da competição e voltando de mãos vazias para casa. Até mesmo o tão propagado futebol pentacampeão foi um fracasso, amargando um mero bronze, depois de tomar um pau da Argentina. Particularmente, achei um barato, pois não é de hoje que temos uma seleção de mercenários, não de jogadores de futebol. De um modo geral, fica óbvio (mais uma vez) que o resultado no esporte se faz com duas coisas: treino e paixão. Olhando super potências no esporte como EUA e China, fica a certeza que é desde cedo que se forma um atleta. Fazendo isso, também se desenvolve o gosto e a paixão, tão necessários para a superação dos limites e de obstáculos. Bem diferente da percepção que se tem por aqui, onde dificilmente se tem educação física em uma escola pública, que dirá esporte propriamente dito. Com um cenário desse, como ganhar 30 medalhas de ouro?

Apesar dos pesares, fiquei meio chateado por que não pude acompanhar os jogos face o horário invertido (noite aqui, dia lá), principalmente pelas prova de ginástica, que acho um barato. Ponto positivo para a transmissão na TV aberta, que também foi feita pela Band, nos deixando livres da famigerada Globo. Aliás, a Globo montou uma presepada tremenda para estes jogos, principalmente por conta de um quadro interativo que os apresentadores usam ao longo das reportagens, simplesmente sem necessidade e relevância alguma... Isso sem falar em Galvão Bueno, insuportável como sempre. Só gostaria que as olimpíadas durassem um pouco, pelo menos até o fim do ano, para que ele ficasse longe da fórmula 1... Sonho meu!

Vídeo da Semana: "Raoul and The Kings of Spain" Tears For Fears


Taí uma banda da década de 80 que até hoje eu curto sem enjoar, pois sempre mostrou um talento acima da média. Apesar de serem uma banda Pop, o Tears For Fears sempre fez música de bom gosto (quem não se lembra de “Woman In Chains”, belíssima balada que toca até hoje em FM´s de música light) e mesmo estando meio sumidos (apesar de um retorno em 2003), sua obra tem muita relevância. Com a carreira iniciada em 1983 e diversos sucessos na bagagem, a banda - na verdade uma dupla, formada por Roland Orzabal (voz e guitarra) e Curt Smith (Voz e Baixo) - desfrutou do sucesso até o início da década de noventa, onde se separaram por divergências musicais. O clip em questão já é da fase seguinte, onde Orzabal seguiu sozinho com o Tears For Fears por dois discos. “Raoul and The Kings of Spain” abre o segundo (e homônimo) disco dessa fase, sendo uma belíssima canção realçada pelos poderosos vocais de Orzabal (que sempre se destacou por isso) e pela melodia bacana. O disco é de 1995, e mesmo com 13 anos, essa música ainda bate muito sucesso de FM hoje em dia.


terça-feira, 12 de agosto de 2008

Era Uma Vez Democracia...


Pode parecer loucura, mas adoro época de eleição. Sei que já dei a entender que detesto política e políticos, mas se depois da eleição o brasileiro sempre se ferra, antes dela ele se diverte. Tal qual ratos de um bueiro em dia de enchente (olha que analogia sensacional!), em época de eleição vemos sair, do nada, políticos há muito desaparecidos, nomes que nem lembrávamos, pessoas que sequer sabíamos que ainda existiam e pior, que ainda vem pedir o seu voto! O mais incrível é que, após surgir do nada, onde não estavam fazendo absolutamente nada, aparecem criticando a tudo e a todos pelas mesmas coisas que eles nunca cumpriram, e de quebra com todas as soluções para todos os problemas. A demanda de gente boa que vai resolver o meu, o seu, o nosso problema é tanta que ficamos na dúvida em quem merece mais o nosso voto!

Me impressiona como o ritual sempre se repete, e o povo não se cansa disso, não dando um basta. Ainda sou a favor de que ninguém fosse votar no dia da eleição, só para ver o que ia acontecer. É claro que aqui é Brasil, e se daria um jeito de fazer valer a eleição de qualquer modo, mas pelo menos a população teria dado seu recado. Nosso sistema eleitoral é tão bagunçado, mas tão bagunçado que não me recordo aonde, mas em uma localidade neste Brasil, largada ao Deus dará, ninguém precisaria votar porque só haverá um único candidato a prefeito, e bastará o voto do próprio para que ele ganhe a eleição... Em outra região, soube de uma história há pouco tempo em que um vereador ou deputado (não lembro) assumiu o cargo sem ter tido um único voto sequer... Distorções como essas só são possíveis em país que se preocupa mais em ter um sistema informatizado de ponta para validar mais rapidamente a farsa eleitoral do que uma legislação coerente que legitime todo o processo democrático. Some-se a isso um povo sem memória e consciência de sua cidadania, voto de cabresto (sim, ele ainda existe), candidatos com ficha criminal e temos a Democracia (?) Brasileira.

Mas a diversão de que falei acima, em meio a essa pouca vergonha já tradicional, vem na forma do horário eleitoral. É claro que se fossemos um país sério, jamais isso aconteceria, de fato teríamos candidatos sérios para avaliar, e não os humoristas que volta e maia surgem na telinha (se alguém ainda consegue duvidar disso, basta assistir ao vídeo abaixo, simplesmente lamentável...). Entretanto, como nada muda, só nos resta rir. E agora, a diversão ainda aumentou, pois também é hilário assistir aos políticos em campanha, aqui no Rio de Janeiro, tentando acessar ao (esquecido) povo morador das favelas sem conseguir, pois agora os traficantes e milicianos criaram currais eleitorais, onde só os seus candidatos podem ter acesso. É imoral, é vergonhoso, é ridículo, mas não deixa de ser engraçado ver os caras reféns da criminalidade que eles mesmos, apesar de sempre prometerem, nunca efetivamente combateram. É impressionante ver as autoridades indignadas com estes fatos, enquanto os candidatos são convidados “gentilmente” a ser retirarem das comunidades. Sinceramente, não sei onde vamos chegar...

A verdade é que as eleições estão apenas começando, e ainda tem muita baboseira para rolar. No meio disso tudo, os sensacionais debates na TV são simplesmente imperdíveis, uma vez que a lavação de roupa suja atinge limites estratosféricos. Isto até alguém perder e começarem as coligações entre as dezenas de partidos que nós temos – outro disparate da nossa “Democracia” – onde os inimigos de ontem, são os melhores amigos de amanhã... E ainda dizem para escolhermos com cuidado... VOTO NULO NELES!!!


sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Vídeo da Semana: "On and On" Raven


Este vídeo tem uma história muito engraçada para mim, que remete aos anos 80. Na época, era muito difícil conseguir um disco (LP, lembrem-se, pois CD ainda não existia) de qualquer banda que fosse. Os álbuns importados eram uma fortuna e quase nada era lançado no Brasil. Neste cenário desolador, este grupo em questão (teoricamente) era uma das coisas mais pesadas que eu e um amigo meu de Rock n´Roll já havíamos visto e ouvido até então. De vez em quando passava o clip na TV e isso só servia para aguçar a nossa curiosidade. Além disso, o histórico dos Ingleses do Raven era impressionante, já com alguns discos clássicos na bagagem. O único detalhe era que, no fatídico ano de 1984, ano em que o disco “Stay Hard” saiu, a banda havia assinado com uma gravadora grande, a Atlantic Records. Ou seja: gravadora grande significa, muitas das vezes, uma forçada de barra para vender mais, com as bandas comercializando seu som. E com o Raven não foi diferente, pois a banda tornou seu som mais acessível, distanciando-se do Rock visceral que a caracterizava até então. Não foi difícil para nós concluirmos que “Stay Hard” era um álbum fraco, focado no mercado americano (que na época venerava bandas com Motley Crue, Poison, Cinderella e outras mais), que “On and On”era a única faixa que se salvava de todas do disco e pior: havíamos jogado dinheiro fora! O vídeo é cômico, quase Trash (prestem atenção nas caretas que os músicos fazem!), mas o som é maneiríssimo! On and On!!!

sábado, 26 de julho de 2008

O Mc Donalds e as Mudanças


Quem vê a foto que coloquei neste post imagina que não gosto do Mc Donalds. Pelo contrário: assim como milhares de pessoas, sou vidrado em comer lá, tanto que ando até meio enjoado. Mas o foco aqui é outro, baseado em algumas mudanças no que venho observando há algum tempo. Apesar de toda a turbulência que o Mc Donalds atravessou nos últimos anos com a campanha negativa em torno de seus produtos por conta da onda “vida saudável” que vem surgindo em diversas partes do mundo, a marca se adequou no que foi possível e segue forte no mercado. Independente disso, o Mc Donalds sempre foi o que chamamos em Marketing de “case de sucesso”. É inegável que a marca se tornou a maior referência no mundo em fast food, sendo parâmetro em logística, estrutura, relacionamento, propaganda e obviamente, atendimento. E é nesse último tópico que tenho visto alterações significativas, pelo menos aqui no Brasil, nos restaurantes que visito, localizados no Centro e em diversos Shopping Centers.

Antes de tudo, certa vez um professor na faculdade disse em sala: não se paga no Mc Donalds apenas um sanduíche: paga-se por toda uma estrutura diferenciada, que tem um certo status (especialmente para crianças) e uma inigualável uniformidade (qualidade) em sua linha de produtos (a famosa igualdade entre o sanduíche que se come aqui e que se come em qualquer país do mundo). É notório que quem se aventura em abrir uma franquia do Mc Donalds enfrenta todo um processo que visa justamente manter o padrão da marca, a qualidade dos produtos e sua representatividade no mercado. É claro que só isso não é garantia de sucesso: a escolha equivocada de um ponto de venda (como em qualquer ramo no comércio) pode representar prejuízo.

Obviamente quem trabalha no Mc Donalds também precisa se enquadrar e conhecer os procedimentos que envolvem preparar e servir os produtos, de modo que eles cheguem com a devida qualidade ao cliente. Além de saber atender, é essencial conhecer o prazo de validade do que é feito, uma vez que em questão de minutos um Big Mac, por exemplo, pode se tornar impróprio para o consumo. Por isso é que a rapidez no atendimento é vital, pois ao mesmo tempo que o cliente não pode esperar para ser atendido, o produto não pode esperar para ser servido. Este, aliás, sempre foi o gancho utilizado pelo maior concorrente direto do Mc Donalds, o Bob´s. Ao contrário do primeiro, o Bob´s sempre fez questão de frisar que lá a comida é feita na hora, ao contrário do rival que já tem o sanduíche pronto na prateleira.

Trocando em miúdos, quem trabalha lá precisa ser bem preparado para os nuances que a marca exige, além do jogo de cintura que naturalmente envolve quem trabalha com público. E é aí que gostaria de chegar, pois não é de hoje que o nível do atendimento do Mc Donalds tem caído impressionantemente. Eis algumas coisas que tenho observado:

Sabe Ouvir – Os atendentes do Mc Donalds parecem programados para não ouvir o que o cliente tem a dizer. Existe uma maldita oferta do dia que é empurrada por todos eles de maneira robótica, o que os impede de entender se vc pede ou quer algo diferente. Por diversas vezes já pedi uma coisa e outra é posta na bandeja, tudo porque o cidadão ou cidadã que esta atendendo não sai do automático e raciocina que nem todo mundo come a mesma coisa;

Velocidade de Atendimento – Antigamente, comer no Mc Donalds era sinônimo de ver o seguinte quadro: um supervisor gritando feito louco o nome de cada um e pedindo rapidez, enquanto os chamados corriam alucinadamente para completar os pedidos e liberar o cliente. Não era raro ver uma “batida” acontecer, com os atendentes se chocando uns com os outros. Entretanto, hoje em dia, parece que o lema é não se estressar, uma vez que os caras “passeiam” para pegar os itens que ao compor um pedido. Mais de uma vez, com hora de almoço já estrangulada, tive de apontar para o relógio e esperar que alguma boa alma me atendesse mais rápido;

Dinheiro / Cartão – Infelizmente o Mc Donalds aderiu a prática de outros lugares e que é um inferno: separar o atendimento para quem paga em cartão e que paga em dinheiro. Você pode até me dizer que quase todo mundo hoje usa cartão, e que aí não faz diferença. E eu digo que faz. Faz porque com isso, as filas dos cartões ficam imensas e lentas, ao passo que as de dinheiro vão mais rápido. Duas razões: cartões de débito exigem senhas e cartões de crédito exigem assinaturas e documentos. Some-se a isso o fato de que os caixas de dinheiro não atendem cartão, mesmos vazios. Filas únicas dão chance ás pessoas de se distribuírem melhor e, conseqüentemente serem atendidas mais rápido;

Troco – O Mc Donalds parece ter um acordo com a Casa da Moeda, visando estimular o uso de moedas. Já cansei de receber trocos de 8, 9 e até 10 Reais tudo em moeda. Tudo bem, moeda é dinheiro, mas fazer isso sempre é sacanagem.

Tudo isso que falei aqui foram coisas que um cliente mais chato (no caso eu) percebeu. Não posso afirmar se isso acontece em outros lugares, mas a verdade é que o Mc Donalds, além dos problemas nutricionais, já encontrou concorrência à altura e que com certeza lhe roubou muitos clientes. O Burguer King e o Subways são dois exemplos de restaurantes que dão dor de cabeça ao Mc Donalds. E se isso acontece, só existem duas opções: ou a concorrência conseguiu fazer melhor, ou ele deixou de fazer o seu melhor. Pelo acima exposto, fico com a segunda opção...

Bill Gates Aposentado

Há alguns dias atrás, Bill Gates finalmente deixou a liderança da Microsoft e se aposentou, focando a partir de agora o seu gênio crativo em uma instituição filântrópica de pesquisas médicas mantida por ele. Com 28 anos a frente da empresa (desde sua fundação em 1980), sendo considerado neste período por diversas vezes o homem mais rico do planeta, Gates se despede da linha de frente da empresa que revolucionou a informática e a vida de milhões e milhões de pessoas no mundo com o advento do PC e do sistema operacional Windows. O vídeo em questão mostra, de forma em humorada, o que poderia acontecer com Bill gates após essa aposentadoria e suas opções de atividades fora da informática e do mundo dos negócios. Assim como a Microsoft, o vídeo também é genial!

domingo, 6 de julho de 2008

FELIZ ANIVERSÁRIO!!!!!! 1 ANO!


O próprio fato de não ter conseguido postar na data exata mostra o quanto é difícil trabalhar, estudar e manter um blog: dia 26/06 este blog comemorou um ano de vida! E como já disse nos posts comemorativos, não esperava ir tão longe. Esta é uma das milhares de facilidades da Internet, pois deu voz a muita gente: é claro que não há qualidade na mesma proporção da quantidade, mas a democracia na web te proporciona também ler somente aquilo que desejar. Neste mar de blogueiros, espero que este blog tenha proporcionado uma informação nova, uma risada, ou qualquer emoção que seja: só espero que não tenha passado em branco, sem causar nada...

Apesar de não ter um assunto definido, mesmo porque falar de uma coisa apenas seria maçante (pelo menos para mim), tenho certeza de que tentei falar o melhor que pude de tudo que abordei até agora. Além disso, outro objetivo meu é que as pessoas se tornem mais conscientes, porque se tem algo em que nós aqui nesse país não temos é consciência. As pessoas não sabem o que acontece a sua volta, e isso é péssimo, pois não permite a elas que identifiquem os impactos em suas vidas. Infelizmente esta é a realidade, mas espero estar fazendo minha parte no processo para reverter isso.

Com isso, agradeço a todos que me acompanharam neste um ano, lendo o balaio de gatos, ou melhor, de assuntos que faço aqui. Peço desculpas pela eventual falta de tempo, mas na medida do possível, a coisa vai. O mais legal é que tenho toneladas de assuntos para falar, vídeos, fotos, charges, piadas, tudo guardado esperando tempo. Dos males o menor: por um bom tempo, sempre teremos assunto para conversar! Valeu!

sábado, 5 de julho de 2008

Aprendiz 5 - O Sócio (Episódio 16 - Final)



Este post já estava escrito há tempos, mas não deu para publicar antes. De qualquer modo, minha indignação continua a mesma com o resultado... Pelo menos conseguir resenhar os 16 episódios, e com isso aprendi muito.

Contrariando todas as minhas expectativas, a final do Aprendiz 5 não foi emocionante, sendo quase um jogo de cartas marcadas. De certo modo, a vitória de Clodoaldo indicou que a chegada de Henrique a final foi algo que aconteceu apenas visando índices de audiência, dada toda a polêmica que ele trazia consigo. A coisa foi tão gritante que, após o resultado da prova e a habitual pergunta aos conselheiros, houve unanimidade a favor de Clodoaldo - e daí eu desliguei a TV e fui dormir. Deste ponto em diante, eu já sabia que Henrique havia lutado em vão e não levaria a sociedade. Tal qual ocorreu com Beatriz na 3ª Edição, que acabou perdendo pelo estilo semelhante a do Henrique – mas que curiosamente foi contratada por Justus depois – ficou claro que ele não quer competição, mas tão somente uma parceria. Melhor dizendo, Justus não quer alguém que vá rivalizar com ele, mas trabalhar junto tão somente. Até aí nada demais, mas o caso do Henrique foi diferente. No fim das contas, uma seleção séria virou um teste de popularidade, sendo escolhido o candidato mais simpático e boa praça, mas com certeza não o mais competente.

Mesmo com Henrique vencendo a prova (mas sendo dado empate por conta de um deslize deste frente ao dossiê – sempre ele!), todo o jogo foi a favor de Clodoaldo desde o início. Como eu disse no post anterior, colocar os aprendizes demitidos anteriormente para trabalhar com os finalistas foi um duro golpe para Henrique. E aí é que eu me pergunto: como um cara tão tão ruim como foi pintado, com uma equipe que não gostava dele, ainda assim ganha uma prova tão complexa? Se ele não tivesse dado bobeira com o dossiê, teria ganho efetivamente! Nesta etapa final, os aprendizes tinham de montar um jogo de basquete oficial nos moldes da NBA. Este foi o calcanhar de Aquiles de Henrique, pois o jogo deveria envolver equipes confederadas, juiz, regras oficiais e etc., ao passo que ele montou algo como uma exibição, mais informal. Com o patrocínio do HSBC, a prova mediria tudo o que foi trabalhado ao longo das outras provas, como angariação de patrocinadores adicionais, propaganda, criatividade, público x arrecadação e etc. Dos 3 itens analisados (arrecadação, exposição da marca, relevância do evento frente ao que foi pedido), Henrique perdeu apenas no primeiro, mas com a penalidade de 1 ponto por conta da “oficialidade” do evento, terminou com um empate.

Não era preciso ser adivinho para saber o que aconteceria na 1ª parte da sala, onde os aprendizes auxiliares falariam sobre os finalistas. Henrique foi detonado, ao passo que Clodoaldo seguia na frente no quesito popularidade. Com a saída deles e a opinião dos conselheiros, ficou claro que Justus não iria contra esta unanimidade. Em tempo: apenas Danilo teve a coragem de votar em Henrique, contra a opinião de todos. Além disso, de nada adiantou os testes psicotécnicos feitos por Justus após estas etapas, pois já era claro que ele tinha uma opinião formada. O anúncio do resultado foi constrangedor. Henrique ficou claramente contrariado, indo receber o carro zero da Fiat com o maior desgosto do mundo. O cara ficou tão desapontado que nem participar do jantar de comemoração após o programa ele foi.


No dia seguinte ao programa, além de assistir o restante pelo YouTube, chequei diversos sites que colocaram enquetes sobre o resultado. Em praticamente todos os que vi, o resultado era meio a meio, ou seja: a unanimidade existia no programa, mas não aqui fora. Uma pena, pois 3 meses interessantes foram simplesmente jogados fora pela inveja e falta de competência dos demais. E por falar em incompetência, palmas para Andréia: do alto da sua arrogância e discurso anti-Henrique, deu um show ao mandar um e-mail errado e quase afundar o evento do Clodoaldo. Ficou claro que ela era muito boa em falar do outros, mas não para trabalhar, tanto que foi mandada embora antes dele.

Resumindo a história: o programa foi muito bom, apesar da guerrinha do tipo “Big Brother” que se formou. Das 5 edições, foi notoriamente a mais fraca de todas (pelo próprio nível dos selecionados, muito baixo), inclusive nas provas (embora as 2 últimas tenham sido sensacionais). Ficou claro que esse negócio de sócio não funciona, pois aí não se contrata alguém do tipo do Henrique porque ele não será um subordinado (como falei acima da Beatriz na 3ª Edição). Justus anunciou que a próxima edição será de universitário. Vislumbro aí um problema: se com pessoas tão gabaritadas como as dessa edição tivemos atrocidades operacionais cometidas a torto e a direito, imagina com nível universitário. Posso estar até errado, mas o histórico é esse...

Antes de acabar, um destaque: Walter Longo esteve simplesmente perfeito ao longo desta edição. O cara, além de uma percepção fenomenal, foi simplesmente hilário com alguns comentários pra lá de sarcásticos, que deixavam muita gente de calça arriada para responder. Um excelente contra peso para Justus para avaliar os candidatos, nem sempre tendo uma opinião semelhante a do patrão. Foi dele, aliás, o comentário repetido por Justus mais tarde para contratar Clodoaldo: “Entre um com o qual me identifico e o outro que me completa, fico com o que me completa”.

Apesar dos pesares, a vida segue. Vamos torcer para que a próxima edição seja “justas”, se é que vocês me entendem...

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Comercial AKBank

Além de bem feito, ficou de muito bom gosto!

Aprendiz 5 - O Sócio (Episódio 15)


Este foi simplesmente o melhor episódio, a melhor prova e a sala de reunião mais bizarra de todas! Roberto Justus ficou numa sinuca de bico como nunca havia ficado antes, chegando até a ser meio cômica a situação, apesar da tensão que houve. Voltando a prova, o programa deu uma tacada de mestre ao refazê-la nesta edição (ela teve sua estréia na edição passada), colocando um plus sensacional: trata-se da prova do empreendedorismo, onde os 3 aprendizes finais são jogados em um grande centro urbano apenas com um documento e nenhuma moeda sequer, e eles literalmente têm de se virar para ganhar dinheiro, trabalhando ou pedindo. É claro que o “trabalho enobrece o homem”, e também enobrece esta prova, onde o ideal é conseguir fazer volume de dinheiro em alguma atividade, e não somente pedindo. Na edição passada, os aprendizes foram levados para o interior de SP, tendo de ser devidamente disfarçados. Numa idéia genial, a 5ª edição dispensou isso, simplesmente levando-os para o... exterior! Montevidéu, no Uruguai, foi o lugar escolhido. Agora imaginem: lugar, mercado, cultura, pessoas, idioma, moeda, tudo diferente!!! Simplesmente o caos! Essa prova revela realmente o espírito das pessoas, separando os fortes dos fracos, e foi isso que ocorreu, de maneira dramática, até.

Tudo nessa prova conta: desenvoltura, conhecimento, estratégia, força de vontade e etc. Ao botar o pé no Uruguai, já se começou errando ou acertando: Henrique e Clodoaldo saíram, mesmo sendo quase meia noite, para conhecer a cidade e checar possíveis oportunidades. Já Stephens optou em ficar no hotel, fazendo não sei o que... Nos dias que se seguiram, cada um adotou uma estratégia diferente, com Clodoaldo sendo o vencedor, com Henrique em segundo e Stephens em terceiro, de maneira vergonhosa. Vejam o que cada um fez:

Clodoaldo – Deu a sorte de encontrar um brasileiro logo de cara, e com a desculpa de ter perdido a carteira, ganhou 40 dólares. Com isso, investiu na venda de Alfajores (uma espécie de doce local), fazendo mais ou menos o que a vencedora desta prova na edição passada fez. A meu ver, não há outro caminho para dinheiro rápido numa situação dessas: pegar doce para vender é mais fácil, rápido e garantido, bastando ter disposição e força de vontade, pois requer tempo. Mesmo sem dinheiro, é possível fazer isso por consignação, tendo um bom papo. Clodoaldo foi tão competente nesta prova que, mesmo perdendo 50% do que havia ganho como penalização por haver recebido uma “ajuda” indireta de uma menor (e que realmente não foi má fé do cara), ele ganhou a prova com o dobro de dinheiro do Henrique;

Henrique – Também saiu na cara e na coragem, mas se mostrou realmente bom de papo e de argumentação, tendo dificuldade em arrumar trabalho, mas tendo cada “não” recebido recompensado com uma doação (como ele conseguiu fazer isso, eu não sei). Entretanto, conseguiu trabalhar em uma loja limpando o chão, para não dizer que não fez nada. No geral, mostrou disposição e fez um bom dinheiro. Tinha potencial para fazer muito mais, mas a meu ver se acomodou em ganhar facilmente pelas “doações”. De qualquer modo, se mostrou bom de argumentação e relacionamento com as pessoas, qualidade essa duramente contestada pelos outros aprendizes. Vai entender...;

Stephens – Ele foi a sinuca de bico que Justus ganhou, que mencionei logo no início. O cara não fez absolutamente nada! Ele não conseguiu nenhum Real, Peso ou Dólar, voltando de mãos vazias!!! Seu problema principal foi haver perdido o gás inicial procurando emprego justamente nos locais onde não devia: em agências de emprego. Até aqui isso seria difícil (que dirá no estrangeiro): encontrar empregos de dois dias, isso sem falar na documentação que seria exigida. Com isso, vagou, vagou, se cansou e não conseguiu nada. E aí, começou a ser vencido pelo maior inimigo numa situação dessas, o desânimo. Neste ponto, não encontrou mais forças para mudar de estratégia (coisa que ele sempre disse que era seu forte) e tentar outra coisa. Pessoalmente, senti pena do cara, pois não ter conseguido nenhum dinheiro lhe custou muito caro, se me perdoam o trocadilho.

Com um quadro desses, haveria necessidade de sala de reunião? Mas é claro que não! O problema é que o programa tem regras, e elas tiveram de ser seguidas. Agora imaginem o Roberto tendo de criar conteúdo para uma reunião onde não havia o que ser discutido, seja pela prova, seja pelo histórico dos envolvidos. Em ambos Henrique era vencedor, tendo o agravante de um desempenho patético de Stephens. Vale citar aqui que Walter Longo simplesmente estava indignado com este resultado, mostrando sem pudor nenhum sua irritação com os argumentos de Stephens. E aí surgia a questão, o que fazer? Demitir de imediato Stephens não podia ser feito, e daí Roberto cometeu aquilo que achei até antiético: iniciou uma discussão sem pé nem cabeça com Henrique, por conta de uma declaração dele sobre haver ficado, aos 33 anos, sem lugar para morar e sem dinheiro. Questionou-o duramente sobre como ele imaginava ser seu sócio se ele já havia quebrado, ao passo que Stephens, aos 28 anos era bem sucedido (?). Foi um momento esquisito e sem sentido, onde mais uma vez Henrique teve de se defender e se justificar até que o absurdo acabasse e a situação voltasse ao foco normal. Por um momento, pensei que ele realmente demitiria o Henrique, mas prevaleceu a unanimidade dos conselheiros em Stephens e o resto é história. Quem assistiu deve ter percebido que, na hora do anúncio da decisão, Roberto hesitou e apontou para o Henrique. Por um momento, Stephens se surpreendeu e achou que o companheiro seria demitido, e não ele. Foi engraçado.

Infelizmente, outro ponto extremamente negativo se fez presente: novamente voltam os aprendizes demitidos para ajudar na última tarefa. Acho isso muito errado, por uma questão simples: quem foi demitido não tem comprometimento com a vitória. Pode até ter por aparecer na TV, mas no fundo não há mais o mesmo tesão e empenho. Agora imaginem numa situação onde há um finalista como o Henrique. Para piorar: dessa vez Justus deixou que os aprendizes demitidos escolhessem com quem iriam trabalhar... Os quatro primeiros escolheram Clodoaldo, criando uma situação desagradável para os outros quatros que foram obrigados a trabalhar para o Henrique. Isso será muito ruim para ele, pois as pessoas, desde o início, criaram barreiras contra ele. A motivação que, naturalmente já é insuficiente, nesse caso ficou mais ainda comprometida e pode se tornar má vontade. Na minha opinião, os aprendizes deveriam ter equipes de fora, profissionais estranhos a eles, o que mediria ainda mais suas capacidades de gestão. Para se ter uma idéia do estrago, vejam como ficaram as equipes:
Henrique: Maura, Adriana, Danilo e Ricardo
Clodoaldo: Andreia, Daniel Stephens, Patricia e Hugo
Espero que isso não comprometa o resultado de Henrique (Maura o detesta!). Como a prova será um evento, ele tem a vantagem de ser melhor organizador do que Clodoaldo. É hoje !!!!!

Aprendiz 5 - O Sócio (Episódio 14)

Muito bom episódio, graças a uma prova muito bacana. Bom também foi ver Hugo indo embora, e de uma forma compatível com sua performance no programa: patética. A prova deste episódio envolveu o lançamento do novo Palio Adventure Locker e colocou os aprendizes em duas concessionárias com o objetivo de desenvolver ações promocionais para divulgação do carro, envolvendo cadastro de clientes e test drive. Como Henrique foi o único sobrevivente da Masters, Justus colocou Clodoaldo para trabalhar com ele, deixando Stephens e Hugo juntos. Justus queria observar como seria o trabalho em conjunto do “polêmico” com o “boa praça”, digamos assim.

É impressionante como, não só nesta como nas outras provas, os grupos tomam rumos diferentes, mesmo tendo os mesmos objetivos. Enquanto Clodoaldo e Henrique fizeram exatamente o que era necessário ser feito, Hugo e Stephens cometiam grandes equívocos, como por exemplo, no test drive. Enquanto a Masters contratou um piloto profissional para conduzir os clientes na experimentação do carro, e num local próximo, a Foccos treinou os vendedores da própria loja, fazendo o test drive num terreno baldio e afastado. Com isso, o tempo de duração era grande e os clientes esperavam muito pela sua vez. Outro equívoco foi a colocação de uma parede de escalada (?) no lado de fora da concessionária, tentando fazer um link com aventura que o carro (??) proporcionaria na estrada. Não é preciso dizer que foi um fracasso. Outro ponto crucial: a Máster cadastrou mais do que o dobro de clientes, além de tratá-los com comida e bebida na concessionária, entre os test drive. Resumindo: vitória merecidíssima, derrota idem.

Na sala de reunião, era claro que Hugo se daria mal. Primeiro porque sempre ficou claro seu desconforto em estar ali, até mesmo quando deu a sorte de ser líder e vencer, atuando como conselheiro. A meu ver, a simples presença de Justus o intimidava e não raras às vezes em que gaguejava e se perdia nos comentários. Segundo porque Stephens, mesmo sendo fraco, sabia argumentar melhor e saberia se defender a ponto de deixar Hugo se enrolar sozinho, e foi o que aconteceu. A determinada altura da sala, Justus pediu que Stephens convencesse Hugo a desistir do programa, mostrando a ele que ele não serviria para ser o sócio de Justus. Habilmente, Stephens questionou se não seria melhor ele voltar a administrar suas empresas, do que largar tudo pelo programa. Bastou isso para Hugo concordar e dizer que havia refletido melhor e que não conseguiria abandonar seus negócios pelo programa, mas dando a entender que estava desistindo. Depois dos episódios de Adriana e Sandra e pela proximidade do fim da competição, a palavra “desisto” não consta mais no dicionário de Justus. Hugo foi devidamente esculachado e demitido de maneira vergonhosa.

Faltando dois episódios para o fim, acredito que as demissões até agora foram corretas, apesar de algumas surpresas no meio do caminho. Resta ver como Henrique, Clodoaldo e Stephens se sairão na prova seguinte, que provavelmente será individual. Um detalhe engraçadíssimo: a foto abaixo mostra o momento em que Henrique e Clodoaldo foram anunciados como os vencedores da prova. Foi simplesmente hilário ver os dois, ao mesmo tempo, com a mesma cara de alívio, erguendo as mãos e agradecendo a Deus pela vitória. Vendo pelo vídeo, é mais gozado ainda!

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Aprendiz 5 - O Sócio (Episódio 13)


Cada vez mais próximo da sua reta final, o Aprendiz 5 chega ao 13º episódio com apenas 5 participantes: Henrique, Danilo, Clodoaldo, Daniel Stephens e Hugo. Engraçado como eu não esperava que alguns destes nomes chegassem tão longe, principalmente Hugo e Daniel, que sempre achei muito apagados. Aliás, Hugo é um participante que chegou até aqui por pura sorte, pois, na minha visão, era o mais fraco junto com o Daniel Nicolini (já eliminado). O detalhe interessante, já no início do episódio, foi o fato de Justus ir pessoalmente ao Hilton falar com os finalistas sobre a sala de reunião anterior (em que Maura e Sandra saíram) e sobre a prova (quando o normal é anunciá-la pelo telão, ou melhor, a informação do ponto de encontro para o anúncio). Achei curioso isto, pois serviu também como um alerta, muito sutil é claro, para que todos se atenham as regras e aos contratos assinados. Achei válido para não suscitar novos “atos de heroísmo” dos que ficaram.

Mas vamos à prova: as equipes Masters (Danilo e Henrique) e Foccos (Clodoaldo, Daniel e Hugo) tiveram de preparar roteiros turísticos em Paraty e em Petrópolis, respectivamente. Ambos os grupos deveriam atender turistas que não falavam português, nem inglês e turistas portadores de deficiências físicas (havia deficientes visuais e pessoas com problemas de locomoção). Prova interessantíssima, pois faria as equipes lidarem com o inesperado - as deficiências e a questão do idioma não haviam sido informadas as equipes - mesmo depois do habitual planejamento que é feito por elas em cada prova. E aí houve o diferencial da equipe de Clodoaldo: eles contataram as pessoas antes e conseguiram saber, pelo menos, da deficiente visual, mas ambas as equipes não souberam dos estrangeiros (não entendi como, já que houve o contato prévio, pelo menos da Foccos). Foi engraçado ver o desespero das equipes em localizar intérpretes de Japonês para as pessoas...

Durante a prova, a Foccos tratou pessoalmente das pessoas, acompanhando-as ao logos dos passeios, enquanto Henrique e Danilo optaram em ficar nos bastidores. Além disso ter custado pontos a eles, já que o tratamento era um item essencial, e o calor humano dado pela Foccos melhorou se resultado, os dois tiveram problemas com o licenciamento de imagens em alguns lugares e com profissionais contratados. Problemas esses, aliás, muito mal administrados por Danilo, que facilmente perdeu a cabeça e criava situações de estresse que Henrique (habilmente) contornou. A partir deste momento, ficava claro que iria sair, embora o motivo da saída de Danilo tenha sido bem adverso.

Com a derrota oficializada face o bom trabalho da Foccos, Henrique e Danilo foram para a sala de reunião. Lá aconteceu a tradicional avaliação da prova, desculpas foram dadas, avaliações foram feitas, até que Roberto confrontou Henrique com sua proposta de sociedade: um carro experimental ou algo assim a ser produzido nos EUA. Roberto mostrou-se bastante surpreso e contrariado, alegando que isso não o interessava. A impressão que dava era que Roberto procura, a todo o momento, testar os limites de Henrique, observando até onde ele consegue ir na sua defesa e na de suas idéias. Foram momentos tensos, mas surpresa mesmo foi Danilo ser demitido (o que, em minha opinião, aconteceria de qualquer modo dado o seu baixo rendimento de um modo geral) pelo motivo que foi: ao ser questionado, após a polêmica com Henrique sobre a sociedade, sobre quais seriam suas metas de vida, Danilo disse que seria se aposentar aos 50 anos e viver numa vinícola. O detalhe é que Roberto já tem 53 anos, e ao ouvir que alguém queria se aposentar numa idade inferior a dele, não pensou duas vezes e demitiu Danilo.

Engraçado foi ver mais um aprendiz ser demitido não por conta de seu desempenho diretamente, mas por não ter medido bem as palavras ao defender-se. De qualquer, foi justo e o Henrique despachou mais um para casa. Restaram apenas 4 agora e o próximo episódio vai indicar os 3 finalistas. Vamos ver.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Comercial Greene King IPA

É por essas e outras que acho Marketing fantástico! Mais um comercial ultra super bem bolado!

São Paulo Fashion Week 2009: é sério?

Vejam algumas pérolas da alta costura desse país, exibidas no São Paulo Fashion Week 2009, que, a princípio, é um evento sério de moda. Como eu nunca acreditei nessas coisas, essas fotos só comprovam o quanto eu sempre estive certo. Ao meu ver, isso é coisa de desocupado para desocupado, pois só eles neste universo devem achar que isso é relevante e importante para a sociedade, uma vez as roupas são realmente horríveis, sem nexo e sem o menor cabimento. Em tempo: a primeira foto é a mais fantástica!