quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Vídeo da Semana: Olive "You´re Not Alone"

Esse projeto de Trip Hop (não me perguntem o que é isso e qual a diferença para Trance, Ambient e congêneres Dance.: para mim é tudo eletrônico) lançou o album "Extra Virgin" em 1995, com essa música encabeçando a sua divulgação. Formado pelos produtores Tim Kellett e Robin Taylor-Firth, mais a vocalista Ruth-Ann Boyle, o som do Olive é um eletrônico calmo, com batidas leves e com o vocal doce de Ruth muito bem encaixado nas músicas. Aqui no Brasil, "You´re Not Alone" chegou a fazer sucesso na (agora Paulista) Rádio Jovem Pan.

TV Aberta x TV por Assinatura

Por esses dias, recebi alguns sinais de que eu não devo, nunca mais na minha vida, assistir TV aberta. Sinais de que, de algum jeito, eu tenho que me virar e arrumar dinheiro para pagar uma TV por assinatura, eliminando de vez da minha existência os efeitos malígnos da programação dos canais abertos. Na minha opinião, atingimos um ápice negativo de qualidade de programação como nunca dantes visto, com uma oferta de programas tão bisonhos, tão sem conteúdo, que fica até difícil de acreditar. É claro que existem alguns programas que escapam, mas geralmente são tarde da noite, ou então muito cedo, o que os deixa fora do alcance do grande público. Via de regra, é normal que as vezes não haja, em nenhum canal, ao mesmo tempo, nenhum programa decente.
É fácil chegar a essa conclusão quando se tem a disposição programas como da Luciana Gimenez (um gênio de mulher), onde são abordados temas importantíssimos para a sociedade, como o namoro da filha da Gretchen (ex-mulher e atual sapatão) ou impacto das fotos pornôs de uma das atrizes do High School Music na cabeça dos fãs. Ou então programas como o do Fausto Silva, o único entrevistador que consegue perguntar e responder ao mesmo tempo, ou humorísticos como Turma do Didi, Dedé e o Comando Maluco, programas de Funk da Furacão 2000, programas de entrevistas como Sônia Abrãao, Marcia Goldsmith (essa talvez a pior das piores) e por aí vai.
Isso sem falar em novelas, cujos elementos centrais evoluem cada vez mais (somando-se aos já famosos personagens pobres, ricos, cornos, vilões, mocinhos e apaixonados), tendo agora personagens mutantes, doentes terminais, fantasmas, gays, e etc.
No fundo, isso faz parte da política do governo em ter uma população ignorante. Não que o governo monte as grades de programação (é óbvio), mas a partir do momento em que temos milhões de ignorantes, estes aceitam mais facilmente qualquer coisa que lhes seja empurrada, em qualquer esfera, inclusive na política (motivo esse do Governo Lula ser tão popular). Só isso explica os índices de audiência que mantêm um Fausto Silva falando asneira para as famílias brasileiras, em plena tarde de Domingo, ao longo de todos esses anos. Ou um Fantástico, que já foi um excelente programa jornalístico, e que hoje está a mercê de apresentadores lastimáveis como Zeca Camargo, simplesmente patético, sem credibilidade e carisma jornalistico, e Glória Maria, que esqueceu a boa reporter que foi um dia em detrimento de mostrar que continua enxuta, mesmo aos 1.500 anos de idade.
Em contra partida, nas vezes que assisto a TV fechada, me encanto com a quantidade de (boas) opções. Música, Cultura, Filmes, Economia, Documentários, Política, Desenhos, Esportes, enfim, tudo o que se possa imaginar, em quantidade e qualidade. A ninharia de informações da TV aberta desaparece no espaço de centenas de canais específicos, segmentados de tal modo que é quase impossível não encontrar algo com que você não se identifique. É claro que esse paraíso de imagem e som digital (sim! até o sinal é melhor!), custa caro e ainda não é acessível a todos. Incluisve, acho que isso vai demorar muito para acontecer, face a nossa economia, infraestrutura (oferta de TV + Telefone + Banda Larga) e a questão cultural em si.
Enquanto isso tudo não chega na minha casa, mantenho minha TV desligada (o que economiza energia elétrica) ou então ligo apenas para assitir ao bom e velho DVD.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

O Batera

Tenho paixão por música, e dentro da música, paixão por um instrumento em especial: bateria. Acho um instrumento incrível, simples e ao mesmo tempo complexo, cujas as possibilidades de musicalidade são incríveis! Dos menores aos gigantescos kits, da acústica à eletrônica, todo o tipo de som pode ser extraído dela, que junto com o baixo, forma a "cozinha rítmica" de uma banda. Com o passar do tempo e a evolução da tecnologia, novos modelos foram surgindo, cada vez mais customizados aos bateristas, de modo que cada um possa desenvolver seu estilo sem limites de composição de peças, afinação, recursos e etc.. É claro que para a de música mais rockeira, mais pesada, isso se encaixa como uma luva, uma vez que nesse estilo estão (na minha opinião) os maiores talentos do mundo no instrumento. Entretanto, podemos encontrar também músicos excepcionais em outros estilos, como o Jazz, onde o improviso impera e há necessidade de muita técnica e domínio. Ainda não tenho uma, mas um dia terei! Enquanto isso, mostro quais são meus heróis particulares, com links em cada um deles para apresentações dos caras:


Dave Lombardo (Slayer) - É um dos bateristas que considero "bonitos de se ver tocar", pois tem uma pegada incrível e simplesmente bate sem dó, bem de acordo o Thrash porrada do Slayer. Considero bonito ve-lo tocar porque Dave tem um estilo de agitar e tocar sem olhar para as peças, mas com extrema precisão e rapidez, principalmente nas viradas, que são de matar. Além disso, Dave é um mestre dos bumblos duplos e aplica isso com maestria nas músicas do Slayer (além dos diversos projetos, paralelos ou não, de que já participou). Recentemente, Dave substituiu as pressas Lars Ulrich, do Metallica, quando este passou mal bem antes do início de um show. Dave tocou as 2 músicas iniciais e Joey Jordison (Slipknot) o restante do show.
Vídeo: http://br.youtube.com/watch?v=vQpIpy1xU74 (Solo em clínica de bateria)


Mike Portnoy (Dream Theater) - Esse eu considero um monstro tocando. Mike é detentor de uma técnica absurda, um verdadeiro talento da bateria. Para se ter uma idéia, sua maior referência é Neil Peart do Rush (esse já é uma figura consagrada e dispensa comentários). A técnica de Portnoy é, para mim, o guia do som do Dream Theater, uma vez que ele consegue unir, em meio a uma quebradeira infernal (traduzindo: seguidas mudanças de ritmo) todas as variáveis percursivas que a bateria lhe permite. Não é preciso nem mencionar que Mike utiliza um Kit monstruoso ao vivo (tal qual Neil Peart) e dá simplesmente um show a parte. Ainda mais nas longas apresentações da banda, que têm uma média de 3 horas de duração.
Vídeo: http://br.youtube.com/watch?v=TCF2Tst-ohw (Solo em clínica de bateria)


Gene Hoglan (Dark Angel) - Gene é um caso engraçado, porque literalmente podemos dizer que ele é um "grande baterista": o cara, além de alto, é bem gordo! Independente do tamanho do Kit, o tamanho de Gene não permite que ele suma atrás dele! Brincadeiras a parte, o tamanho de Gene talvez seja o seu maior trunfo, pois parece facilitar seu alcance e agilidade no instrumento. Gene ficou conhecido com o Thrash ultra violento do Dark Angel e o Death Metal ultra técnico do Death, entre outras bandas. Sua rapidez e precisão nos bumbos atrelada a sua destreza nas partes mais complexas são impressionantes e o gabaritam como um dos grandes (ops!) nomes do instrumento.
Vídeo: http://br.youtube.com/watch?v=0kgorpAvXAE (Como não encontrei vídeos de solo do Gene, coloco aqui ele ao vivo com o Dark Angel tocando a faixa "Darkness Descends/The Death of Innocence")


Igor Cavalera (Sepultura) - Em termos de Brasil, ainda está para surgir alguém que faça frente a Igor Cavalera. Sua fama foi construída junto com a do Sepultura, simplesmente a banda nacional de rock com o maior reconhecimento mundial até hoje. Vejo Igor como um Dave Lombardo brasileiro, aliando técnica e força incríveis. Responsável pelo peso percurssivo dos momentos mais "batuqueiros" do Sepultura, quando este começou a imcoporar sons regionais ao Thrash da banda (que culminou no album "Roots"), Igor sempre demonstrou uma evolução absurda a cada disco, sem perda de qualidade. Atualmente fora do Sepultura, Igor optou por se tornar DJ, mas já está retornando ao Metal em uma banda com seu irmão Max (Soulfly), ainda sem nome definido.
Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=KFiy03ohCLk (Ao vivo com o Sepultura)


Nicko Mcbrain (Iron Maiden) - Nicko é batera da maior banda de Heavy Metal do planeta, o Iron Maiden, nome esse que até que não conhece patavinas de Rock conhece. Nicko, além de ótimo músico, tem algumas particularidades: não usa dois bumbos (Diz que já tem trabalho suficiente com um só), mas trabalha tão bem com apenas um que temos a impressão de que ele usa os dois! Além disso, a organização do Kit do Nicko é curiosa, pois ele usa os tons e as caixas quase na horizontal, de frente para si (ao contrário de mike Bordin, ex-Faith No More, que os usa praticamente em pé), com as peças bastante próximas. Independente disto, os anos de experiência conferiram a Nicko habilidade e precisão que são bastante úteis nas músicas do Iron Maiden, principalmente nesta recente fase mais progressiva do grupo.
Vídeo: http://br.youtube.com/watch?v=CgrquMycHGU&mode=related&search= (Vídeo Aula)


Pete Sandoval (Morbid Angel) - O Death Metal é um estilo que não exige apenas força e velocidade. Não basta apenas utilizar batidas 1x1 na velocidade da luz para ser considerado bom. Neste estilo, um dos maiores nomes é o de Pete Sandoval, coincidente baterista de uma das maiores bandas do estilo, o Morbid Angel. Em meio ao caos sonoro do grupo, Pete consegue inserir uma precisão incrível, mesclando bumbos ultra rápidos com sequências alternadas, mostrando um completo domínio do instrumento. Além disso, Pete é considerado o pai do "Blast Beat" (a citada batida 1x1 - 1 na caixa, 1 no prato de condução ou contra tempo - mas com uso dos dois bumbos simultaneamente). Por estas razões, não é a toa que Pete é considerado uma influência para muitos bateras do estilo.
Vídeo: http://br.youtube.com/watch?v=Ewo-gFtbUG4 (Ao vivo com o Morbid Angel tocando a faixa "Maze of Torment", porém com câmera exclusiva nele)

Lula Entra para a História...




segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Vídeo da Semana: Wallflowers "One Headlight"

O Wallflowers tornou-se conhecido de imediato, quando surgiram em 1992, por contar em sua formação com Jakob Dylan, filho do ilustre Bob Dylan, nos vocais e na guitarra. Entretanto, o maior reconhecimento veio em 1996, com o album "Bringing Down The Horse", onde aparece o sucesso "One Headlight", cujo vídeo você pode ver aí embaixo. A banda já lançou 5 albuns desde seu início, mas anda meio sumida. Eu particulamente, não acho o som os caras nada demais (um pop rock simples) mas a música em questão é duma inspiração e beleza tremendas. Um rock bem leve, onde um orgão se destaca, realçando a beleza das linhas vocais de Jakob, que tem uma voz agradável. A música é realmente linda e foi, sem dúvida, o melhor momento do Wallflowers.

Piratear ou Não Piratear: Eis a Questão!


Na modernidade do dias de hoje, vivemos um grande dilema: comprar ou não um produto pirata? Em todos os meios de comunicação pode-se ver grandes discussões sobre o assunto e os impactos, quase na totalidade negativos, sobre o mercado e a economia. Mas, ao meu ver, ainda cometemos alguns equívocos, na maioria das vezes ao tentar enxergar esta questão de um modo simplista.
Voltando um pouco no tempo, temos a época do vinil e da fita K7. Naquela época, era fácil pegar um disco qualquer e copiar para uma fita. Haviam alguns contra-tempos: arrumar as músicas no espaço que cada lado da fita comportava, as diferentes qualidades de fita, o trabalho de escrever o nome das musicas numa capa minúscula e etc. Entretanto, apesar de alguns artistas terem reclamado sobre isso (se não me engano, Roberto Carlos foi um deles na época), não houve nem 1/3 do alarde que há hoje sobre as possíveis perdas do artista com a cópia. Nessa hora, nota-se a importância que o CD (que está completando 25 anos de existência) teve nesse mercado: o advento da tecnologia digital aumentou a qualidade do produto, tornou a música mais acessível a todos, uma vez que até mesmo aparelhos reprodutores mais simples oferecem uma qualidade de som muito boa. Na época do vinil, era necessário ter acesso a equipamentos muito bons (pick ups, equalizadores, receivers e etc.) para uma boa reprodução sonora. Obviamente, esses bons equipamentos eram muito caros e não eram para qualquer um.
Com a chegada do CD e o boom de vendas que ele gerou, a indústria musical viu-se feliz da vida com números que dificilmente eram vistos na época do vinil. Entretanto, com a chegada dos copiadores de CD (que mantem a qualidade original, ao contrário do que ocorria com os K7) e mais tarde da popularização dos PC´s (que além de possibilitar a cópia dos CD´s, permite também a cópia das artes de capa do produto), os consumidores perceberam que não era necessário comprar cada CD do qual gostassem. Tal qual nos tempos do disco de vinil, bastava que alguém o tivesse para que fosse possível copia-lo, sem perda de qualidade. Com a chegada do MP3, a situação tornou-se mais crítica, pois bastava um acesso a internet de banda larga para baixar o disco completo, sem a necessidade de comprá-lo efetivamente...
E é aí que começa o dilema: quedas dos números de vendas de CD´s e DVD´s, mudança do foco dos artistas, indo dos discos para os shows, um grande mercado informal e paralelo aos lojistas, grande aceitação do público e etc.. Mas por que o produto pirata faz sucesso no Brasil?
Vejamos:
Preço - É inquestionável que o preço de um CD ou DVD no Brasil é abusivamente caro. Enquanto nos EUA um CD custa em média de $13,00 a $15,00, por aqui ele sai em média R$ 35,00. DVD´s então, em média R$ 50,00. Num país onde um salário mínimo tem o estrondoso valor de R$ 380,00, um DVD e CD juntos custam, pelo menos, 22% dele!!! A partir disso, fica impossível para um lojista (que paga toda sorte de impostos) competir com uma cópia a R$ 10,00 no camelô, que não tem custo legal nenhum;
Cultura - Em geral, a população não se liga em capa, encartes, boxes (caixas especiais de um artista, com mais de um CD ou DVD): essas coisas são direcionadas aos mais fanáticos apenas. Deste modo, se o povão pode comprar um CD do Zezé de Camargo, com uma capinha vagabunda e ouvir as músicas do mesmo jeito, pagando apenas R$ 5,00, por que ele não o comprará?
Para piorar, temos a situação que afeta também a indústria cinematográfica: filmes que nem chegaram aos cinemas pirateados e disponbilizados ao público em cópias de qualidade razoável (dependendo do grau de exigência do comprador). Isso sem falar na Internet, onde também é possível baixar filmes completos, com excelente qualidade de som, imagem e legendas. A questão aqui é: um ingresso de cinema hoje (quase todos lotados em Shopping Centers, com toda uma estrutura de conforto, aúdio e vídeo super modernos) custa, média, R$ 15,00. Ou seja, um casal de namorados que não pague meia, gasta "apenas" R$ 30,00 para ir assitir um filme.
Comprar um pirata afeta a economia, a mesma economia que não permite emprego e salários decentes, que possibilitem o acesso do povo a cultura. Cinema, música, livros, teatro fazem parte de um cenário do qual grande parte da populção não tem acesso. Por conta disso , estamos presos num círculo vicioso onde todos são afetados, mas não se vê solução a curto, médio e longo prazo. O mercado ilegal não é efetivamente combatido pelo governo, os CD´s e DVD´s não diminuem de preço e aí a coisa se perpetua. Já se fala que o MP3 decretou a morte do CD, que a Internet será o fim da televisão como nós conhecemos, mas nada está sendo feito para que as realidades sejam adaptadas e que ninguém perca. Gravadoras, Artistas, Governo, Lojistas enfim, todos os envolvidos na criação, produção e distribuição de cultura audiovisual ainda insistem num modelo de mercado que o consumidor não aceita mais. Enquanto isso, vamos assitir tropa de Elite e Zeze de Camargo a "dez real".

SOCIEDADE OMISSA E COVARDE?

Post extraído do blog do Tico Sta Cruz, vocalista do grupo Detonautas. Não gosto da banda, acho o som horrível, mas cada dia mais me surpreendo com o ativismo desse cara, com o enganjamento dele contra a violência. Infelizmente, me surpreendo também com o fato de que o cara não tem conseguido mobilizar a sociedade com o seu discurso anti violência. Esse post data de ontem e faz referência a mais uma passeata organizada por ele na zona sul, e também pela pouca resposta que teve das pessoas. O cara está simplesmente muito possesso e fala algumas coisas fortes, mas com muita razão. Nem parece que o problema tem a gravidade que tem e afeta a todos...
Para quem quiser acessar o Blog do cara, segue o link: http://www.clubedainsonia.blogspot.com/

SOCIEDADE OMISSA E COVARDE.
O Brasil merece os governantes que têm.
Não adianta achar que fazendo comentários e elogios nesse blog estaremos mudando algo.
Andamos na praia da APATIA do Leblon até Copacabana e conseguimos perceber que além de poucas pessoas nos seguindo o que existia era um mar de alienação coletiva. 99,9% não se importou com a manifestação, não sorriu, não vaiou, não aplaudiu, não comentou, não se levantou. Passamos como fantasmas. Um mar de indiferença, um grande circo a céu aberto.

É frustrante saber que ninguém se importa, ninguém se compromete com PORRA NENHUMA.
É frustrante saber que 90% das pessoas que dizem que vão aparecer para somar forças, desistem e depois arrumam alguma desculpa para dar uma satisfação.
Não precisamos da satisfação de ninguém.
Ninguém é obrigado a participar de nada, ninguém precisa ficar se justificando por não ter ido.
Ninguém precisa ficar se explicando por não se mover, por não se comover, por não ter CORAGEM de sair de casa para GRITAR POR SEUS DIREITOS.

Nós temos exatamente TUDO o que merecemos.

Não vamos desistir.
FODA-SE A SUA INDIFERENÇA.
FODA-SE O SEU CINISMO.
FODA-SE A SUA OMISSÃO.
FODA-SE A SUA APATIA.

O Brasil tem a sua cara.
UMA SOCIEDADE DE MERDA COMO ESSA NÃO TEM MORAL NENHUMA PARA FALAR DOS POLÍTICOS QUE A REPRESENTAM. ESTÁ TODO MUNDO COMPROMETIDO COM A FALTA DE RESPEITO E COM A BAGUNÇA QUE SE TORNOU ESSE PAÍS.

Coloque a mão na sua consciência antes de comentar qualquer coisa sobre este post.
Quem se cala, merece o que recebe em troca do silêncio.

PALMAS PARA O BRASIL.

Que tal um baile de carnaval ou uma peladinha para reunir a rapaziada?

É disso que vocês gostam.

Então aproveitem!!!!!!

NAÇÃO DE CÍNICOS e OMISSOS

Tico Sta CRuz

Ps: Grande vaia, acho que quem tem que entrar em contato comigo são os Srs, afinal de contas partiu do nome de vocês.
tico@detonautas.com.br

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

O Dia Seguinte

Mais uma vez, estamos a passos largos do caos. Talvez só nos reste rir em meio a esta tragédia: é o famoso "Rir para não chorar"...


TRADUZINDO EM MIÚDOS O CASO RENAN




















terça-feira, 11 de setembro de 2007

11 de Setembro - 6 Anos


Há exatos 6 seis anos assistíamos, sem nada poder fazer, a esse que foi um dos grandes absurdos da raça humana. Infelizmente, nunca vamos - e nem podemos - esquecer disso. Será que ainda teremos de ver alguma atrocidade deste tipo de novo, algum dia?

Parmalat + Cachaça = Companheiro


segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Anos 80: Eu Tava Lá!



Não é difícil perceber que tenho uma grande ligação com a década de 80, não é? Os vídeos, os discos e tudo mais que cito nesse blog acaba, de certa forma, tendo um pé naquela época. Não que eu seja uma pessoa presa ao passado, mesmo porque é uma época que já se foi e não volta mais: para mim, de nada adianta bandas voltarem e tocarem as mesmas músicas, porque o contexto é outro. Não existe mais aquela magia, aquele ambiente, aquele sentimento de descoberta das coisas (que explodiriam nos anos 90 e que, em alguns casos, nos acompanham até hoje) e tudo mais que compos aquele cenário. O mesmo se aplica a todo o resto: as pessoas não são mais as mesmas (envelhecemos...) e o mundo mudou muito desde então. Deste modo, sou contra tentar recriar aquele ambiente, mas não quanto a curtir o que foi feito por lá (pelo contrário!). Discos, revistas, livros, vídeos, tudo está aí a disposição para quem viveu (ou não) aqueles tempos e quiser (re)ver, (re)ler ou ouvir de novo.

O motivo de buscar o que foi feito lá? Duas razões:

1ª) Tudo lá foi resultado da década de 70, onde começaram a se formar valores, talentos, idéias, culturas, bandas, músicos, filmes e mais uma porrada de coisa que vingaria de fato nos anos 80. Como também pode se encontrar muito coisa boa nos 70´s, a fundação não podia ter sido melhor.

2ª) A espontaniedade daquela época foi mágica, em todos os sentidos. Hoje tenho 35 anos (sou de 72, tendo minha adolescência cravada nos 80´s) e tudo que vi na TV, ouvi no rádio, assiti no vídeo cassete (putz...) ou cinema foi marcante e de certo serviu de base coisas que temos até hoje. Até os brinquedos daquela época eram legais! Como pode?

É claro que cada um defende sua época e a música é diferencial clássico. Meu pai sempre me disse que sua adolescência foi melhor, as músicas eram melhores, enfim, tudo mais. Ouvi muito ele falar: "A música de hoje é barulho puro". Concordo que minha música é mais barulhenta que a dele (Bee Gees, The Platters a The Mamas and the Papas, Julio Iglesias), afinal, quer barulho melhor do que Iron Maiden? Voltando ao raciocínio, até o barulho dos anos 80 eu acho melhor do que o de hoje (e olha que alguns se superam hoje em dia em termos de brutalidade sonora). Outro exemplo? Rock Nacional! Outrora tinhamos Engenheiros do Hawaii, Barão, Ultraje, Ira! e Titãs e hoje temos de aturar Detonautas (argh), Nxzero (aarrgghh) e CPM22 (aaarrrggghhh)... A excessão da galera das antigas que ainda está na ativa, poucos salvam o rock nacional...

Até os filmes de hoje nos modernos Cinemark e UCI são os de ontem no Madureira 1 e 2 (putz, agora fui longe!!!!)

É meio esquisito falar sobre isso sem parecer arrogante, afinal de contas, muita gente curte o que não curto, e vice versa: isso se chama democracia. Mas eu queria deixar a dica que se pode encontrar muita coisa legal no fundo do baú. Nesse ponto, o You Tube é um grande parceiro: já encontrei coisas por lá que eu não ouvia faz anos e anos. Na verdade, o bom mesmo é vc curtir o que vc gosta, mesma que seja KLB... Vai fundo!

Vídeo da Semana: Kiss "See You Tonite" (Unplugged)

O Unplugged do Kiss (esse mesmo que vc está pensando, das máscaras, apresentações grandiosas e que fez um show histórico aqui no Maracanã em 1983) foi simplesmente fora de série e na minha modesta opinião, o melhor de toda a MTV. Os caras souberam escolher as músicas e os arranjos, fazendo uma transformação perfeita para o formato acústico. Até mesmo as músicas mais Rock n´Roll ficaram bacanas, na medida certa. Este acústico foi gravado em Agosto de 1995 e foi o ponta pé inicial para o retorno da formação original da banda e os shows grandiosos e com a famosa maquiagem. A música aqui é linda, mas não é extamente da banda, mas sim do albúm solo de Gene Simmons de 1978 (o baixista do linguão) e é cantada pelo próprio. Curiosidade: o album solo de Simmons remete a uma época em que todos os membros lançaram seus discos individuais, mas fazendo referência, é claro, à banda da qual faziam parte...

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Jack Bauer é o Cara!







Acabei de assistir a 1ª temporada de 24 horas! Tudo bem que todo o universo todo já está acompanhando a 6ª temporada, mas eu chego lá... O que eu não podia deixar de fazer era celebrar que finalmente surgiu um herói que não tem pena de bandido, não segue regras, protocolos e faz absoluta questão de resolver tudo na porrada ou no tiro (o que for mais adequado a situação) o que, em outras situações, seria tratado somente pela justiça. E mais: tem a sua disposição um acervo tecnologico descomunal, possibilitando identificar o criminoso até pelo peido, se bobear. Muito legal também é o esquema de cada temporada representar um dia apenas na vida do cara, com cada episódio representando uma hora. A coisa é bem feita e você acompanha os fatos quase em tempo real.
Outro destaque é o senador Palmer, que também tem umas sacadas geniais e garante bons momentos ao longo da temporada. As reviradas no enredo são sensacionais e ação é ininterrupta, mas o melhor melhor mesmo é ver nosso protagonista no fim da temporada, frente a frente com o seu grande inimigo e achando que a filha morreu... putz, coitado do cara!

Nightwish "Dark Passion Play"


Já consegui ouvir o suficiente para ter uma opinião, apesar de não ter sido uma tarefa fácil: não pela qualidade, mas pelo tempo. São 13 músicas em + de 70 minutos. Esse é o grande mal do CD: fica difícil assimilar, de primeira, qualquer trabalho nesse formato. Até você assimilar tudo e ter uma opinião, várias audições se vão.
O disco realmente só sai dia 28/09/07, mas já tem aos montes na internet. Baixei o disco quase no fim de Agosto (me esqueci de procurar antes), o que quer dizer que as pessoas, bem antes disso, já tinham o album na mão para ouvir. Antes de falar do disco, fica a pergunta: Se o disco já estava pronto no fim de maio (quando foi anunciada a nova vocalista) porque esperar 4 meses para lança-lo, deixando-o a mercê da pirataria? Depois estes caras reclamam da vida... Nestes 4 meses, quantas pessoas já possuem o disco? Destas tantas, quantas realmente vão comprá-lo? Acho isso uma manobra muito arriscada, pois a internet hoje simplesmente acabou com o elemento surpresa.
Quanto ao disco em si, lados positivos e negativos, mas com um saldo muito bom no fim das contas. Vou falar inicialmente do maior problema do CD (e não é a nova vocalista): as partes sinfônicas. Gravado com orquestra e coral de vozes no fantástico Abbey Road, em Londres, tudo é grandioso no disco. Em alguns momentos, a grandiosidade sinfônica é tanta que encobre a banda. Na 1ª faixa, "The Poet and the Pendulum", que tem quase 14 minutos de duração, isso fica mais evidente. Chega a ser difícil ouvir a voz de Annete no refrão da música, tamanha a embolação de banda e orquestra. Deste modo, as melhores músicas acabam sendo aquelas onde a coisa é mais dosada e equilibrada.
Annete Olzon mostra-se uma escolha acertada para a banda. Já falei aqui que Tuomas arriscou mudar, e acertou. Apesar de não possuir uma voz potente como a da sua antecessora (Tarja Turunen), Annete é versátil e detentora de um belo timbre, conseguindo tornar agradável a audição das músicas. Entretanto, é evidente que seu talento lírico é bem tímido e pouco explorado ao longo disco. Fica aqui a dúvida de como soarão as músicas antigas na voz dela. Com certeza vão ficar diferentes, só não sei se o suficiente para agradar aos fãs mais radicais, que até hoje contestam a entrada de Annete.
Outro detalhe importante é a maior presença das guitarras no album, com alguns momentos bem pesados. Definitivamente, este é o disco mais pesado do Nightwish. Destaques? As melhores são "Amaranth" (cujo vídeo foi postado aqui, maravilhosa) "Cadence Of Her Last Breath", "Sahara" (pesadona) e "For The Heart I Once Had" (apesar do acento Pop, muito legal).
De negativo (ou menos legal, digamos), temos "Bye Bye Beautiful" (muito parecida com "Wish I Had An Angel" do CD "Once", e que não é lá essas coisas), "Eva" (baladinha burocrática - nesse ponto, Tarja era imbatível, pois colocava emoção como poucas nas músicas mais lentas) e "Master Passion Greed" (que tem uma base rápida muito manjada).
No fim das contas, o resultado é muito positivo. O disco é legal de se ouvir (apesar de longo), Annete é carismática e boa cantora e a banda está mais afiada do que nunca. Resta aguardar o o lançamento oficial do disco (quem sabe com uma equalização/masterização melhor), o início da turnê mundial e descobrir se a banda ainda será boa também no palco. Em tempo: o Brasil está na rota da banda em 2008!

Segue o tracklist do álbum:
1) 'The Poet And The Pendulum'
2) 'Bye Bye Beautiful'
3) 'Amaranth'
4) 'Cadence Of Her Last Breath'
5) 'Master Passion Greed'
6) 'Eva'
7) 'Sahara'
8) 'Whoever Brings The Night'
9) 'For The Heart I Once Had'
10) 'The Islander'
11) 'Last Of The Wilds'
12) '7 Days To The Wolves'
13) 'Meadows Of Heaven'

terça-feira, 4 de setembro de 2007

VERGONHA

Sem comentários. É incrível como o brasileiro, ou melhor, NÓS TODOS, toleramos um troço desses. Uma cambada de vagabundos que não nos servem para nada. Na minha opnião tinham é que fechar esse congresso e botar todos eles no paredão.

Pepa Filmes: Extorsão Total (c/ Marcelo D2)

E já que o assunto é PM, nada melhor que este vídeo da Pepa Filmes que já rola há algum tempo no You Tube, sobre uma blitz e um grupo de amigos todos muito errados. Muito engraçado!!!

Mais Um "Favela Life Style" no Cinema



Pode ser que quase ninguém venha a dar atenção a esse filme aqui, primeiro porque Tropa de Elite está roubando todas as atenções, segundo porque esse filme já não é mais novidade nenhuma. Mesmo assim, vale a pena ler a resenha (link abaixo) do filme Cidade dos Homens, que já está nos cinemas. Continuação da série da TV (que eu não vi), é mais um filme de favela, de pobreza, de desigualdade e etc. O lance é que a resenha (site Delfos) coincidentemente fala a mesma coisa que eu já disse aqui sobre esses filmes favela-action: essa fórmula não é duradoura não...


http://www.delfos.jor.br/conteudos/index_interna.php?id=2064&id_secao=1&id_subsecao=2

Olha o Que Move um Político...

Extraído do Blog DizVentura, do Mauro Ventura do Jornal O Globo.
Lamentável o que faz nossos políticos se coçarem e fazerem alguma coisa, apesar de eleitos para isso. Mais lamentável ainda é ter Sergio Cabral como personagem principal, que parecia ser um político que faria mais do que o usual... É rir para não chorar...

Cabral também viu o piratão
O que mais tem chamado a atenção de quem viu "Tropa de elite", além da corrupção policial, é a bagunça dos batalhões da PM. Em cada um, funciona uma oficina improvisada, com viaturas em péssimo estado.
Soldados que poderiam estar no policiamento fazem o papel de mecânicos e ficam, sujos de graxa, tentando remendar os carros. Só que eles não têm verba para comprar as peças e a saída é pedir aos comerciantes. Em troca, em vez de garantir a segurança da população, os policiais cuidam de interesses privados.
No dia 13 de junho, o governador Sérgio Cabral anunciou a saída para o problema: disse que a frota ia ser terceirizada em dois meses. Cabral explicou que ia vender os 3.600 carros da polícia - 41% deles em estado de sucata - e passar a alugar as patrulhinhas e patamos.
Pois esses dias Cabral viu "Tropa de elite" - numa cópia pirata - e, após a sessão, chamou preocupado um dos assessores e perguntou a quantas anda o projeto de terceirização da frota:
- Quando vai ficar pronto? Eu quero ele pronto antes do filme ser lançado!
O governador tem medo de que pareça que agiu a reboque do filme.
Amanhã, ele verá novamente "Tropa de elite". Mas dessa vez numa sessão oficial, junto com a equipe do filme.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Vídeo da Semana: Eric Clapton "Layla" (Unplugged)

Para começar bem a semana e aproveitar o assunto dos acústicos. Eric Clapton simplesmente fez um milagre com essa música, presente no seu disco MTV Unplugged, de 1992. Esta versão é simplesmente linda, muito diferente da versão plugada (que simplesmente acho horrível!), e que acredito ser a melhor do disco.
Apenas como curiosidade: neste mesmo disco, temos a música "Tears in Heaven", que muitos consideram linda ( e realmente é), mas acreditam ser uma música romântica (e na verdade não é): ela foi feita por Clapton em homenagem ao seu filho Conor, de 4 anos, falecido um ano antes numa queda trágica do 53º andar de um prédio em Nova Iorque, onde estava com uma babá.

Tropa de Elite: Agora Eu Vi!


Agora posso falar, pois assisti ao filme! Mas não houve jeito: uma cópia pirata acabou chegando as minhas mãos... Lamento dizer, mas começo a acreditar que todo mundo já viu esse filme. Todo mundo que eu conheço de algum modo já viu: pegou emprestado, comprou, baixou da internet, "GatoNet" e etc.. Tomara que isso não afete a bilheteria, pois o filme é espetacular! Eu mesmo, sem hipocrisia, pretendo ver o filme no cinema. Além de ser muito bom e valer a pena por conta da ação, provavelmente a edição da telona será diferente, com novas cenas, o que com certeza vai engrandecer ainda mais o que já estava muito bom!

Pelo que vcs puderam perceber, paguei minha língua com este filme ao dizer que era difícil me tirar de casa para ir ao cinema ver filme brasileiro. Este faço questão de ir ver, simplesmente porque é muito bom. Enquanto muito se falou e ainda se fala de filmes "cabeças" do cinema nacional, mas que no fundo são uma merda (Central do Brasil é um deles), este justifica o falatório.

Entretanto, queria ressaltar alguns pontos:

- O filme é ótimo, isso é fato. O problema é que ele retrata a única situação que chama a atenção do público brasileiro no quesito filme nacional (além de comédias), hoje em dia: o duelo polícia x bandido. Já falei sobre isso e volto a repetir: não fazemos isso com o glamour e fantasia americana, mas sim no esquema "verdade nua e crua". Penso que isso atrai tanto o público porque é um problema que nos aflige no dia a dia, com esta sendo talvez a única opção para entender sobre o que se passa num submundo do qual não temos acesso - isso sem falar no funcionamento das instituições que supostamente deveriam nos proteger. Penso até quando este tipo de tema irá render filmes ou mini series, sem se tornar um lugar comum ou então saturar mesmo.

- Wagner Moura se superou neste filme. Realmente ele é uma aposta certeira para o primeiro escalão da teledramaturgia brasileira. Com certeza é um cara que vai poder figurar na mesma galeria de Francisco Cuoco, Tarcisio Meira, Raul Cortez, Antonio Fagundes e outros tantos, vivos ou não. Ele simplesmente é um ator com uma flexibilidade incrível e que consegue transitar pelos mais diversos estilos com facilidade. Para quem acompanhou a veia humorística do cara naquele programa da Globo em que ele se vestia de mulher (não me lembro o nome), fique certo que não o reconhecerá em Tropa de Elite: o cara é simplesmente um animal, extremamente violento e frio na aplicação da lei ( a lei do BOPE, é claro)... A cena dele com a esposa retrata bem a excelente interpretação de um policial atormentado pelo trabalho infernal que tem. Simplesmente sensacional!

- Incrível como a PM é simplesmente retratada como uma instituição falida no filme, cercada de corrupção por todos os lados. Chega a ser lamentável, principalmente porque muita coisa ali é verdade. Já havia escutado algumas histórias como as que são retratadas no filme (o lance das férias, por exemplo) e ve-las no filme só me deu mais certeza. Será que um dia isso muda?

Resumindo: vejam o filme, de preferência no cinema, pois lá vai ficar como deve ser, e melhor, recebendo o devido valor. Espero que a pirataria apenas tenha servido de aperitivo, como foi para mim. Nos vemos no cinema!