quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Asneira da Semana


Comentário de um certo presidente petista de um certo país da América do Sul, ao criticar a forma como o Ministério do Meio Ambiente anunciou o aumento da devastação da Amazônia. É praticamente impossível não rir com tamanha cara de pau em dizer que o problema da nossa Floresta não é lá essas coisas:

“Você vai no médico detectar que você está com um tumorzinho aqui, ao invés de fazer biópsia e saber como você vai tratar, já saiu dizendo que estava com câncer.”

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Vídeo da Semana: Amy Winehouse "Stronger Than Me"

Mais um vídeo da maluca de plantão Amy Winehouse, desta vez com uma canção do seu primeiro disco "Frank". Este vídeo é de uma apresentação dela no programa Jools Holand em 2003, onde ela toca guitarra e canta maravilhosamente como sempre. Interessante reparar que nesta época ela ainda não se vestia tão exóticamente como hoje, inclusive estando sem aquela maquiagem esquisita nos olhos. Independente disso, a bela canção é que prevalece: aproveitem!

Piadas

Cuidado com a rotina

Uma senhora pega um táxi e indica a direção do hotel onde está hospedada. O taxista, por incrível que pareça, nada disse durante todo o percurso, até que a senhora resolveu fazer-lhe uma pergunta e tocou levemente em seu ombro. Ele gritou, perdeu o controle do carro e, por pouco, não provocou um acidente de terríveis proporções! Com o carro parado sobre a calçada, a senhora, assustadíssima, virou-se para o taxista e disse:
- "Francamente... como é que eu ia saber que você dirige tão concentrado ao ponto de quase ter um treco por conta de um simples toque no ombro?"
- "Não me leve a mal, senhora, mas... é que esse é o meu primeiro dia como taxista".
- "E o que o senhor fazia antes disso?" - perguntou ela.
- "Eu, por 15 anos, fui motorista de carro funerário!"

Argentino

Um Argentino chegou na Rodoviária em São Paulo e pediu uma informação:
-Oye! Onde tiene un autocarro pra ir asta la estacion para apanhar um comboio para Itaquera?
- Aqui não chamamos autocarro, chamamos ônibus.
- OK. Entonces, como apanho o ônibus pra ir asta la estacion e apanhar o comboio?
- Aqui não chamamos estacion, chamamos ferroviária.
- Muy bien. Entonces, onde tem o ônibus pra ir até à ferroviária e apanhar o comboio?
-Aqui não chamamos comboio, chamamos trem.
- Caramba! Entonces, my hermano, como apanho o ônibus pra ir à ferroviária para apanhar o trem?
- Aqui não dizemos apanhar, mas sim pegar. - Carajo, dejas de bromas!! Muy bien, como pego o ônibus pra ir à ferroviária para pegar o trem?
- Não precisa ir, é aqui mesmo...
- P....! Hay que preguntar: Como é que ustedes chamam 'filho de la putana'acá en Brasil???
- Não chamamos. Eles vêm da Argentina sem ninguém chamar.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Fulano de Tal Ao Vivo em Qualquer Lugar

Ontem estava comendo num Shopping com minha esposa e, em meio a uma das inúmeras televisões espalhadas pela praça de alimentação, passava o show do Calypso. Como eu estava distante, não podia ouvir a música (ainda bem!). Mas aquele show - uma baita super produção aliás, com um palco muito bem montado, cheio de cor e com imensos telões - me fez refletir. Não sou fã do Calypso, não gosto da múisca nem do estilo, mas já perdi as contas de quantos CD´s/DVD´s eu já vi no mercado com o nome estampado: "Calypso ao Vivo em...". Os caras tem disco ao vivo a dar com o pau! Ainda no Norte/Nordeste do país, a Bahia também é um estado profílico em discos ao vivo, pois quase todo mundo tem um (pode procurar!)... Se cairmos para o Sudeste, as famigeradas bandas de pagode também marcam presença com vários registros ao vivo de suas apresentações, seja em DVD ou CD. O Rock Nacional também aderiu, pois todo mundo já tem o seu ao vivo puro e simples, MTV ao Vivo ou Acústico MTV (dos quais já falei aqui uma vez, inclusive). Resumindo: hoje em dia, quem não tem material gravado ao vivo, está "out" no mercado.

Mas o que se conclui disso? Qual o problema? Resposta: Há alguns anos atrás (décadas de 80-90), antes do advento do CD, na era do vinil, a situação era outra. A gravação de um disco ao vivo era algo realmente importante, e geralmente só ocorria depois de muita estrada e uma carreira consolidada. Nem tanto no gênero pop, mas no Rock isso era quase uma regra: somente depois de 4 ou 5 discos é que se tinha o poder para lançar algo neste formato. Pensando bem, era algo até coerente, pois nessa altura do campeonato, 4 ou 5 albuns forneciam uma quantidade legal de material e, se fosse o caso, uma boa dose de hits para fazer o público delirar... E é aí que a coisa pega, pois tem gente que com 1 disco nas costas já lança disco ao vivo (!), isso sem contar os que já estreiam no mercado fonográfico em cima de um palco (!!).

E porque isso acontece? Três pontos são importantes, na minha modesta opinião:

1º) A era digital facilitou em muito as coisas. A captação de aúdio em shows ao vivo se tronou mais fácil e de maior qualidade, o que torna o resultado final melhor. Deste modo, um produto que antes era destinado a fas somente, hoje atinge mais gente, pois um disco ao vivo hoje tem a mesma qualidade de um feito em estúdio;

2º) O disco ao vivo te possibilita juntar sucessos num só disco sem efetivamente ter que apelar para uma coletânea (coisa que geralmente fica a cargo das gravadoras e sem tanto controle e/ou retorno para o artista. Além disso, em tempos de MP3, elas já não têm tanta força de vendas como antes). Juntar tudo tudo que o público conhece e botá-lo para cantar junto rende um bom espetáculo (bandas Bahianas que o digam);

Um 3º ponto, realmente crucial para esta nova tendência, foi o advento do DVD. Apesar do mercado do home vídeo ter encontrado público na época do VHS, foi o DVD que revolucionou o mercado fornográfico, com os artistas quase que obrigados a terem algo lançado no formato, por demanda do próprio público. A popularização do DVD, até entre as camadas mais pobres, fez com que artistas e gravadoras percebecem o potencial mercadológico e investissem pesado nisso.

Com isso, não fica difícil entender o grande número de lançamentos no formato que se encontram nas lojas e que a importância que um disco ao vivo tinha antes, passa batida hoje. Não se trata de coroar um carreira com um lançamento que comprove a qualidade do artista no palco, mas atender a uma demanda de público que pode assistir, com qualidade de cinema, um show ou um filme em sua casa, sem levantar da poltrona. Não que isso seja ruim, afinal sou um grande adepto de tudo que é digital, mas acho estranho ver um cidadão que eu nunca ouvi falar na vida com um DVD ao vivo sei lá aonde, sem ter nunca lançado um disco de estudio sequer. Para ter a mesma sensação, dá uma olhada nos DVD´s que eu achei na Internet: o mais "famoso" é o do Reginaldo Rossi...

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Até Para os Heróis o Tempo Passa (2)

Olha a confirmação... (extraído do G1):

O governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, posa ao lado de Sylvester Stallone na chegada para assistir à premiere do filme 'Rambo', no hotel e cassino Planet Hollywood, em Las Vegas. Hoje na política, Schwarzenegger, que fez entre outros 'O Exterminador do Futuro', já foi concorrente na telona de Stallone, protagonista do filme (Foto: Steve Marcus/Reuters)

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Quem Mandou Não Ouvir o Povo?

Guardem esses nomes: Ana Paula Sousa e Pedro Butcher (Jornalistas), Hector Babenco e Bruno Barreto (Diretores de Cinema) e Rubens Ewald Filho e Leon Cakoff (Críticos). Sabe o que esses asnos fizeram? Ao fazer parte de uma comissão do Ministério da Cultura no fim do ano passado, selecionaram o filme "O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias", para (tentar) participar do Oscar na categoria "Melhor Filme Estrangeiro" em 2008, onde o Brasil nunca ganhou bulufas. E o que aconteceu? O FILME NÃO FOI SELECIONADO! Estes imbecis, intelectuais de merda, escolheram um filme chato (como todos os outros que sempre são selecionados) em detrimento do sensacional "Tropa de Elite", visto nos cinemas por mais de 1 milhão de pessoas (isso sem falar no público que o viu através das cópias piratas). Ao tentarem posar de pensadores imunes ao entusiasmo do público com o longa sobre o BOPE, evitando premiar a violência (justificada, diga-se de passagem) do filme, escolheram uma produção que ninguém fez questão de ver, crentes que vão impressionar americano. Na minha opinião, achei ótimo. Quem sabe assim, param de dar valor a esse cinema para pensar que se faz aqui, que é uma merda e ninguém vê, tal qual o chatíssimo e intragável "Central do Brasil" (e muitos outros!). Bem feito!

Olha Isso!!!

Apresentação de um candidado do "Ídolos" francês, o "Nouvelle Star": olha o que ele faz!!! Sensacional!!!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Até Para os Heróis o Tempo Passa

O tempo é implacável. Junto com a morte, ele significa algo com o qual a humanidade não encontrou meio de alterar, manipular ou interromper. Sua passagem é contínua e afeta a todos nós, em todos os sentidos. Para alguns, isso fica mais evidente; para outros, imperceptível, seja pela mão de um médico, seja pela vida regrada ou por pura sorte... E ainda existem aqueles que conseguem ser comparados a um bom vinho: quanto mais velhos, melhor. Mas nem todos tem a mesma sorte, e nem sabem lidar bem com as mudanças que ele nos impõe. Se para nós, meros mortais a coisa é difícil, imagine para aqueles que precisam se manter imutáveis: os artistas de cinema. Pior: artistas de cinema cuja carreira sempre foi focada em filmes de ação.

Não assisti o filme ainda, mas vi nas locadoras o novo Rocky, intitulado simplesmente "Rocky Balboa", onde o veterano Sylvester Stallone encarna novamente um de seus mais famosos personagens. Além dele, outra reincarnação sua muito famosa está prestes a estreiar nos cinemas daqui: Rambo (4). Nada disso seria de estranhar se Stallone não estivesse apenas com 61 anos de idade, há 26 anos de distância do primeiro Rambo e 30 do primeiro Rocky. Como não vi os filmes ainda, não vou tecer nenhum comentário, mas uma coisa fica clara: duas ressurreições de personagens fora das telas há pelo menos 18 anos (o último Rambo data de 1988 e o último Rocky de 1990) só pode significar que a carreira está em declínio, sem a perspectiva de algo diferente. Pelos fotos, mesmo com todo o trabalho muscular, Stallone já aparenta o peso da idade, o que dificulta convencer alguem da validade do trabalho. Filmes de ação, apesar de não demandarem exímios atores, necessitam pelo menos de alguém que consiga convencer na brutalidade, força, perícia, agilidade e etc. Basta dar uma checada na foto acima se o vovô Stallone ainda pode se enquadar neste perfil.

Outro das antigas que sentiu o peso da idade (literalmente, pois está gordo pacas) foi o mestre de artes marciais Steven Seagal. Famoso pelas sequências alucinantes de luta corporal, hoje não consegue fazer um décimo do que fazia. Do alto dos seus 56 anos, Seagal engordou e ao mesmo tempo reduziu a sua capacidade de fazer filmes atraentes. Não que seus filmes fossem um primor, mas tinham enredo suficiente para sustentar toda a sua ignorância na hora de bater nos caras maus, além dos tradicionais tiroteios e perseguições. Com mais de 30 filmes nas costas, teve seu auge entre 1988 e 1992, onde seus 5 primeiros filmes forma muito bons (quem não assistiu "Fúria Mortal", não sabe o que está perdendo!). Como sua característica básica sempre foram as lutas corpo a corpo, Seagal não hesitava em quebrar braços e pernas sem a menor pena, e não faze-lo hoje tirou todo seu encanto. Seus filmes hoje são muito ruins, sem estória decente e nenhuma luta legal para se ver. Quer confirmar? Veja "Força de Ataque" (Attack Force, 2006) e aprenda como se faz um filme ruim.

Jean-Claude Van Varenberg, ou Van Damme para os íntimos, é um que, mesmo mais novo, já foi para o saco há muito tempo. Aos 47 anos de idade, Van Damme já não sabe o que é um filme decente há muito tempo, além de ter em seu currículo alguns trabalhos simplesmente ridículos, como o medonho "Street Fighter", de 1994. Famoso também pela habilidade marcial, Van Damme conseguiu estagnar sua carreira antes de Steven Seagal, tendo bons momentos apenas em 3 filmes: "O Grande Dragão Branco" (1987), "Soldado Universal (1992) e "Timecop"(1994). O resto de seusn filmes se limita a requentar fórmulas antigas, sem sucesso.

Na minha opinião, apenas um ator dessa época conseguiu se manter bem, seja em termos de carreira, seja em termos físicos para atuar no gênero: Arnold Schwarzenegger. Embora tenha encerrado (será?) sua carreira em 2003 com "Exterminador do Futuro 3" e tenha se tornado um político de sucesso, até onde atuou não fez feio. Antes do Exterminador 3, seus filmes ainda eram legais e tinham boas estórias. Apenas um filme seu não me agrada, "True Lies" de 1994. O resto, é show de bola. Hoje com 60 anos, Arnold Schwarzenegger se encontra num ponto em que não poderia retornar as telonas, pelo menos para o gênero de ação. Como ele não é exatamente um ator digno de um Oscar, onde se usa mais atuação do que os músculos, acredito que ele não volte mesmo e se mantenha na política.

Dos anos 80, acredito serem esses os nomes mais significativos e que, infelizmente, já não significam tanto hoje. Entretanto, souberam ganhar dinheiro neste filão de mercado, diferente das promessas de hoje, como The Rock e Vin Diesel, que ao lado de grandes filmes, já começaram a cometer equívocos. Mas disso eu falo outro dia...

Vídeo da Semana: Amy Winehouse "Back To Black"

Se um talento nato sempre vem acompanhado de excentricidade ou loucura, a cantora inglesa de Soul/Jazz Amy Winehouse é a confirmação desta teoria. Com apenas 24 anos de idade e 2 discos lançados, Amy já é detentora de um histórico pra lá de turbulento, sendo viciada junto com o marido (atualmente preso por agressão e tentativa de suborno), queda dos dentes resultante das drogas, cancelamento de turnês, preseguição da imprensa e etc. Apesar disto tudo, Amy é detentora de uma voz poderosa, bem adequada ao estilo adotado por ela. Seu segundo disco, "Back to Black" (2006), vendeu cerca de 6 milhões de cópias ao redor do mundo, puxado pelo sucesso "Rehab". Abaixo, vemos Amy numa apresentação registrada no seu DVD ao vivo "Live in London".

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

O Rei Está Nu!

Existe uma fábula, que se não me falha a memória, narra a estória de um rei que deseja uma roupa nova, mas ninguém consegue agradá-lo. Inúmeras tentativas e muitas mortes depois (o rei mandava matar os que fracassavam), o rei recebeu um espertalhão que lhe confeccionara uma roupa invisível, somente vista pelos inteligentes. Temendo ser visto como burro, o rei dizia ter adorado a roupa nova, mesmo sem ver absolutamente nada de fato. Como a notícia da roupa nova e da necessidade de inteligência para ve-la correu o reino, automaticamente todos passaram a elogia-la também (mas também sem ve-la!), ainda mais por tratar-se do rei. Fim da estória: todos aplaudiam ao rei andando, para cima e para baixo pelo reino, completamente nu...

Por que falei disso? Porque é simplesmente a mesma coisa que acontece nesses desfiles de modas super chiques, que movimentam uma indústria de milhões com puro lixo, com roupas que absolutamente NINGUÉM em sã consciência teria coragem de usar. Um exemplo? A foto acima se refere a abertura do São Paulo Fashion Week, que começou agora em SP. Prestaram atenção? A modelo está num vestido comum, igual a milhares de outros, mas embrulhada para presente!!! Quem, pelo amor de Deus, vai usar issso??? E o pior que todo mundo aplaude, parecendo olhar para a oitava maravilha do mundo! Tal qual a roupa do rei, todos aplaudem uma coisa feia e imbecil, mas que uma sociedade estúpida convencionou ser maravilhoso. Bato palmas é para o cidadão que conseguiu convencer o mundo inteiro de que qualquer amontoado panos pode ser uma roupa caríssima, que necessita de uma modelo esquelética para exibi-la em toda a sua magnitude... Faça me o favor...

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Beavis and Butt-Head

Este foi um dos desenhos mais imbecis (no bom sentido) já exibidos na televisão. As estórias de Beavis and Butt-Head simplesmente eram tão idiotas quanto eles, e por isso mesmo tão engraçadas! Para quem não lembra, Beavis & Butt-Head era uma série de animação dos Estados Unidos criada por Mike Judge (também criador de O Rei do Pedaço, com Will Smith) exibida originalmente no canal MTV, de 1993 a 1997, sendo exibida no Brasil entre 1994 e 1998 pela MTV Brasil. Cada episódio mostrava histórias curtas focadas em uma dupla de adolescentes em fase pós-puberdade, chamados Beavis e Butt-Head, que moram e estudam na cidade fictícia de Highland, que parece estar localizada em algum ponto do sul da América do Norte. Nos episódios, existem interrupções que mostram Beavis e Butt-Head assistindo video clipes e fazendo piadas sobre eles. No episíodio abaixo, os dois pancadas cismam de achar uma prostituta para transar... saca só...

Miriam Leitão: "Auto Conspiração"

Texto extraído do Blog da Jornalista Miriam Leitão, do Jornal O Globo. Nesse texto, Miriam fala brilhantemente deste início de ano no governo Lula, sem CPMF mas com um monte de trapalhadas e equívocos. Serve muito bem para refletimos sobre o tipo de governo que temos, ou melhor dizendo, não temos:

Enviado por Míriam Leitão -
13.1.2008 22h35m

Panorama Econômico
Auto da conspiração

Leia a coluna Panorama Econômico publicada no jornal O Globo deste domingo:

Parece haver uma conspiração no governo Lula contra o governo Lula. O decreto de aumento de impostos divulgado no começo do ano travou o mercado de câmbio, teve que ser remendado, jogou o Itamaraty contra a Receita e foi um desastre de comunicação. Diante da ameaça de crise de energia, o governo responde com nomeações políticas.
Regras básicas do bom senso são desafiadas diariamente. Por exemplo: não se anuncia uma operação no mercado futuro de maldade, porque todos os potenciais atingidos vão se unir contra você. O governo anunciou, no primeiro dia útil do ano, que, em fevereiro, vai cortar gastos que atingiriam todos os poderes, as emendas de parlamentares, a contratação de funcionários e o reajuste do funcionalismo.
Obviamente aconteceu o que aconteceria: todos se uniram contra os cortes. Os parlamentares ameaçaram retaliação; os funcionários, greve; o Judiciário protestou. Já se sabe agora o que não será cortado, mas ainda não se sabe o que será cortado. Isso alimenta mais a pressão dos que não receberam ainda a promessa de estarem fora dos cortes. Um anúncio antecipado com alvos difusos faz com que todos se sintam ameaçados e formem uma coalizão contra as medidas. A resistência se fortalece. Elementar.
A resposta veio com o governo dizendo que 90% dos cortes serão no Executivo; poupando a maioria das emendas de parlamentares. O pior é que acabarão sendo poupadas as emendas clientelistas.
Diante da falta de clareza sobre os cortes, o presidente tentou ser mais específico:
— Vamos cortar na veia — avisou Lula.
Tomara que não! Dependendo da veia, morre-se em minutos. Recomenda-se ao presidente o uso dos clássicos — e seguros — "vamos cortar na carne" ou "vamos eliminar as gorduras". E que evite imagens tão sangüíneas e fatais.
O decreto de aumento de impostos foi uma trapalhada nunca antes vista neste país dos pacotes. Foi anunciado no primeiro dia útil de 2008; o decreto saiu 29 horas depois do anúncio; em menos de 24 horas já estava sendo corrigido com um outro decreto e ainda hoje cria confusão dentro e fora do governo.
O aumento do IOF no câmbio provocou um dia de paralisia no mercado financeiro. Ninguém entendia as regras. Uma delas seria cômica, não fosse séria: o decreto saiu publicado às 21h do dia 3, com o mercado já fechado, mas estabelecia que as regras teriam que valer inclusive para o dia 3. Esse foi um dos vários nós que travaram o mercado no dia 4 e obrigaram o governo a consertar tudo em novo decreto.
No texto, outra maluquice: a Receita aumentou, na prática, o imposto de importação de vários produtos, quebrando regras do Mercosul e da OMC. O Itamaraty protestou, e a Receita respondeu que eram salvaguardas. Ora, salvaguarda é um mecanismo usado em comércio internacional diante de situações bem específicas, e a OMC estabelece regras para a invocação desse direito. Não é assim, sem mais nem menos, quando dá na cabeça de um burocrata da Receita. O Itamaraty teve um certo trabalho para explicar esse óbvio aos colegas.
Mesmo sem erros tão crassos, o pacote já seria ruim por promover uma fratura exposta da palavra do presidente de que não aumentaria impostos. Para corrigir, o ministro Guido Mantega disse o que disse (que a promessa do presidente era datada, valia apenas até o dia 31). Tudo parece conspirar contra o governo; principalmente o governo mesmo.
O episódio energético da semana passada foi lamentável. Tudo começou quando o diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, fez o sensato alerta que, diante das evidências de redução do volume de chuvas, era melhor se pensar num plano B, e não descartou a necessidade de um racionamento.
Como a boa técnica de gestão ensina, os cenários ruins são feitos para que se possa evitá-los com medidas tomadas em tempo hábil. O governo reagiu ofendido, como se Kelman fosse oposição, e não o que é: diretor de uma agência independente. O ministro Nelson Hubner disse que Kelman era uma voz isolada dentro da agência. Ora, o ministro não tem que ir procurar supostas contradições dentro da agência reguladora. E deveria se ofender mesmo é com quem pôs a palavra "interino" para ele carregar durante oito meses e agora o troca por um político que nada entende de energia.
Um conspirador não pensaria numa idéia melhor. Diante de uma ameaça de crise de energia, o plano para enfraquecer o governo é: negar a crise; declarar peremptoriamente que "não será feita campanha para economizar energia" como se "economia de energia" fosse algo ruim; trocar um ministro médio, eternamente interino, por outro pior, que antes de chegar avisa que, se houver problema, será culpa de quem o antecedeu. O detalhe é que o novo, que será oficialmente anunciado esta semana, Edison Lobão, é afilhado do mesmo senador José Sarney, que escolheu o anterior, Silas Rondeau. Não sendo erro bastante, o governo aceita a pressão do PMDB para ocupar todos os postos estratégicos na área de energia. Nada melhor para a oposição do que entregar a mãos fisiológicas e tecnicamente despreparadas uma área sensível quando há indícios de crise igual àquela que desmoralizou o governo anterior.
O ano mal começou e o governo já tem uma coleção extravagante de erros, frases mal colocadas, equívocos estratégicos. Este ano promete. Não percam os próximos capítulos da autoconspiração do governo Lula.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Video da Semana: U2 "New Years Day"

Ano novo, nada melhor que "New Years Day" do U2 para curti-lo. De "novo" mesmo, só o título da música, pois esta aqui é de 1982, do album "War". Clássico absoluto, esta música faz parte da época de ouro da banda, ou pelo menos a fase mais Rock, que viria a dar lugar a um período mais experimental e eletrônico nos anos 90. Não tem muito o que falar não: U2 é U2!

Charge


segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Feliz Ano Novo...

É galera. já estamos com uma semana de ano novo. Há uma semana já estão valendo aquele monte de promessas que fazemos a torto e a direito antes de cada ano começar, com apenas uma certeza: vamos ter de prometer tudo de novo no ano seguinte, pois nem metade a gente consegue cumprir. É impressionante como a gente não consegue nunca se programar para que as coisas realmente aconteçam.

Independente disso, nesta uma semana muitas coisas já aconteceram: o governo nos intubou um aumento generoso de impostos para compensar a perda da CPMF, os políticos já começaram suas campanhas para as eleições municipais, o Flamengo anunciou que quer o Ronaldo Fenômeno (?), vai começar mais um Big Brother (!) e O Aprendiz 5, tem mais um filme medíocre da Xuxa e outro do Renato Aragão nos Cinemas (!!), a Ferrari já anunciou seu novo carro para a temporada F1 2008, vão começar os campeonatos estaduais de futebol no mesmo esquema mulambo do futebol nacional, o meio ambiente e o clima estão cada vez mais pirados, a criminalidade continua bombando mais do nunca no RJ, já começou a novela do Carnaval e por aí vai. Em resumo: o ano novo não traz nada de novo, a não ser nossas promessas (que já são sempre as mesmas) e as nossas esperanças de melhora.

Tomara que eu esteja errado e que 2008 seja um ano melhor realmente, apesar do que só uma semana foi capaz de mostrar. Falta uma luz no fim do túnel, e apesar de não esperar que este país medíocre chegue a algum lugar, EU espero chegar. O negócio é continuar a correr atrás, e isso serve para todos. Uma coisa é certa: nosso ritmo de vida não diminuirá e daqui há pouco 2009 bate aí na porta. Vc duvida?